Política
Governador deve renunciar sexta-feira para disputar vaga no Senado e reforçar chapa do PMDB
Caso Puccinelli renuncie ao cargo, a vice-governadora Simone Tebet (PMDB) deve permanecer e assumir o comando da administração estadual.
Flávio Paes/Região News
30 de Março de 2014 - 22:45
O governador André Puccinelli deve renunciar ao cargo na próxima sexta-feira (4) para disputar uma vaga no Senado e assim reforçar a chapa do PMDB que terá o ex-prefeito Nelson Trad Filho como candidato ao Governo. O prazo desincompatibilização termina no sábado dia 5, exatos seis meses antes da eleição programada para o dia 5 de outubro.
Após anunciar a aposentadoria depois de concluir o mandato, a pressão do PMDB vem sendo fundamental para André mudar de idéia. Não depende só da minha vontade, eu também tenho que levar em conta os interesses do meu partido, afirmou o governador, durante o almoço no restaurante Vitorino, na Vila Santa Dorotéia, na Capital.
Para convencer Puccinelli a acatar o novo desafio, lideranças do PMDB passaram a levar prefeitos e lideranças do interior para convencê-lo da importância de disputar a vaga de Ruben Figueiró (PSDB). Nesta semana, durante evento na Governadoria, ele revelou que até prefeitos do PT teriam engrossado o coro pela candidatura.
Caso Puccinelli renuncie ao cargo, a vice-governadora Simone Tebet (PMDB) deve permanecer e assumir o comando da administração estadual. A decisão do governador deve reforçar a chapa majoritária de Nelson Trad Filho (PMDB), que deixará a Secretaria de Articulação com os Municípios, para disputar o Governo do Estado.
Segundo o governador, além de prefeitos, lideranças do PMDB lhe mostram pesquisas de opinião que lhe dão a liderança na disputa. Eles alegam que a candidatura de Puccinelli é fundamental para o partido obter bons resultados nas eleições deste ano, já que poderá puxar votos para os cargos proporcionais, de deputado estadual e federal.
Além do governador, outros ocupantes do primeiro escalão do Governo deixarão seus cargos. O comandante da Polícia Militar, coronel David, pré-candidato a deputado estadual, entrega o cargo nesta segunda-feira. Também sairão do Governo, além do ex-prefeito Nelsinho, a secretária de Produção, Tereza Cristina Correia da Costa e o secretário de Habitação, Carlos Marun, que vão disputar vagas na Câmara Federal.
Há duvidas ainda se o deputado licenciado Edson Giroto, permanecerá na Secretaria de Obras. O presidente da Sanesul, José Carlos Barbosa, deixa o comando da estatal e tentará uma vaga na Assembleia. Para contrapor a presença de André no palanque de Nelsinho, o pré-candidato do PT ao Governo, Delcidio do Amaral, tenta viabilizar uma aliança com o PSDB e lançar como candidato ao Senado, o deputado Reinaldo Azambuja, embora haja uma recomendação da direção nacional petista, que veta alianças do partido com os tucanos, Democratas e o PPS.
Delcidio esteve neste domingo em Dourados, onde tentou atrair o apoio do prefeito Murilo Zauith e do PSB para sua candidatura. Na sexta-feira Murilo recepcionou o governador e Nelsinho, que lançaram obras na cidade.




