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Política

Isolado pela classe política, Marquinhos lança pré-candidatura ainda sem alianças

Fora do círculo político que gravita em torno da família Trad, poucas lideranças até agora abraçaram a candidatura de Marquinhos.

Marcos Tomé/Região News

06 de Março de 2022 - 21:32

Isolado pela classe política, Marquinhos lança pré-candidatura ainda sem alianças
Foto: Divulgação

Num palanque em que esteve rodeado pelos  irmãos parlamentares, Nelsinho (senador) e Fábio Trad (deputado federal) e o sobrinho, Otávio Trad (vereador em Campo Grande), o prefeito da Capital, Marcelo Marcos Trad, "Marquinhos Trad", como é conhecido, lançou no último sábado (05) no Clube Nipo Brasileiro em Capital, sua pré-candidatura ao Governo do Estado, projeto praticamente solo. Fora do círculo político que gravita em torno da família Trad, poucas lideranças até agora abraçaram a candidatura de Marquinhos.

O médico Ricardo Ayache, presidente regional do PSB, convidado para ser o vice na chapa, por enquanto não disse sim, nem não ao convite. Justifica a hesitação com a alegação de que espera uma possível aliança nacional da legenda socialista com o PT, o que inviabilizaria a coligação regional com o PSD. Para alguns analistas, o partido do prefeito terá dificuldades para construir uma chapa competitiva de candidatos a deputado federal e estadual. Nesta conjuntura, perdeu o experiente deputado Londres Machado.

A saída de Londres foi compensada pela filiação do deputado Felipe Orro, que deixou o PSDB. O PSD recebeu também os vereadores Silvio Pitu, que deve ser candidato a deputado estadual e o Professor Riverton, pré-candidato a deputado federal, numa chapa em que a principal estrela será o já deputado federal Fábio Trad.

Sem direito a falar no ato, que contou com a participação do presidente nacional do PSD, Gilberto Kasan, o juiz aposentado Odilon de Oliveira, que disputou o Governo em 2018, será candidato ao Senado. Diante de uma plateia de 1.500 pessoas, na versão dos adversários, a maior parte contratados e servidores da Prefeitura, Marquinhos disparou críticas. Não poupou os também pré-candidatos André Puccinelli, Rose Modestos e Eduardo Riedel. Os organizadores do evento estimaram público em 3.500 pessoas.

Marquinhos não poupou também governador Reinaldo Azambuja, a quem apoiou na reeleição de 2018 e teve a retribuição em 2020, quando Reinaldo tirou o PSDB da disputa pela Prefeitura da Capital, o que facilitou sua reeleição, sem contar os R$ 75 milhões em recursos estaduais para contrapartida das obras concluídas em andamento.

Nos meios políticos não são poucos aqueles que ainda duvidam que Marquinhos de fato vai renunciar no próximo dia 2 de abril, abrindo mão de 2 anos e 8 meses de mandato. O círculo próximo ao prefeito garante que o projeto eleitoral é pra valer. A aposta é de que o prefeito vai estar no segundo turno e no caso de confronto com o ex-governador Puccinelli voltaria a ter apoio do governador Reinaldo Azambuja. Marquinhos, segundo fontes ligadas ao prefeito, não se assusta com a pulverização eleitoral na capital (base política do prefeito), com as candidaturas de André e Rose.