Política
Mandetta alerta para o fim da trégua entre indígenas e produtores
Ele assinalou que Mato Grosso do Sul vive uma realidade de extrema gravidade contabilizando, até o momento, oitenta invasões de propriedades.
Assessoria
14 de Novembro de 2013 - 16:52
A trégua entre indígenas e produtores rurais de Mato Grosso do Sul está chegando ao fim e o ministério da Justiça não apresentou soluções, alertou o deputado Luiz Henrique Mandetta (DEM-MS), em pronunciamento no plenário da Câmara dos Deputados.
Os pilares da democracia estão sendo abaladas pela atual condução política do Ministério da Justiça, responsável pela questão indígena e também pela questão do pacto federativo que zele pela liberdade, propriedade, segurança e dá e exige o direito a resistência à opressão, afirmou o parlamentar.
Ele assinalou que Mato Grosso do Sul vive uma realidade de extrema gravidade contabilizando, até o momento, oitenta invasões de propriedades. Mandetta criticou a postura do ministro da Justiça, José Eduardo Cardoso, que foi ao Estado pedir uma trégua que acaba em 30 de novembro. De lá para cá, anunciou aquisição de terras, anunciou que daria encaminhamentos para a Câmara da proposta de novo rito de demarcação e nada fez, argumentou.
Mandetta advertiu para um provável conflito agrário sem precedentes na história do país. A Polícia Federal se declara impedida ou incapaz de exercer os mandatos das ordens judiciais de reintegração, enumerou.
O deputado assegurou que, com o iminente conflito, o campo está sem paz para trabalhar. Só vemos o setor do agronegócio que carrega a política econômica deste país sendo tratado com desdém sendo tratado como deixa isso pra lá, depois a gente resolve isso por debaixo do tapete. Essa situação já foi longe demais, sustentou. Ele enumerou que atualmente há conflitos agrários em Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Paraná, Bahia e Minas.
Citando o artigo 2°da Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão, que reconhece a liberdade, a propriedade, a segurança e a resistência à opressão, como sustentáculo da Revolução Francesa, o deputado Mandetta cobrou: Onde estão os estadistas desta nação, onde estão as pessoas que são pagas para zelar pelo bem comum, pela ordem pública?.
Depois de identificar a existência de conflitos por terras em Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Pará, Bahia e Minas Gerais, Mandetta fez um apelo para a pacificação do campo. A inscrição Ordem e Progresso em nossa bandeira não foi feita para enfeite, foi feita para ser honrada por aqueles que estão à frente dos governos, enfatizou.




