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Política

Prefeito se reúne com bancada do Solidariedade para tentar recuperar maioria na Câmara

O vereador David Olindo e o presidente do PSDB, Moacir Hernandes, tiveram a discussão mais tensa.

Flávio Paes/Região News

29 de Novembro de 2013 - 16:33

Foto: Marcos Tomé/Região News

Prefeito se reúne com bancada do Solidariedade para tentar recuperar maioria na Câmara

Vereadores do Solidariedade Davi Olindo, Marcos Roberto, Mauricio Anache e Jurandir Candido

Em minoria na Câmara Municipal, com o orçamento e a reforma administrativa em tramitação no Legislativo, o prefeito Ari Basso iniciou articulação para tentar convencer vereadores de fora da base governista a aprovar os projetos. O primeiro encontro do prefeito foi justamente com a bancada do Solidariedade, exatamente a mais combativa nas críticas a sua administração, responsável por investigações sobre supostas irregularidades no Previlândia e que deve comandar a CPI do Endividamento.

Hoje o governo município só dispõe de 5, dos 13 vereadores na sua base. Teve projetos importantes (como o da criação de cargos) rejeitados, um veto derrubado (o do projeto da transparência habitacional) não consegue barrar a aprovação de requerimentos de informações e de convocação de secretários para prestar esclarecimentos.

Está sob o risco de a oposição reduzir à zero a suplementação orçamentária de 2014, o que seria um fator de “engessamento” do Governo. Este primeiro encontro não teve nenhuma deliberação conclusiva. Os vereadores apresentaram uma carta contendo críticas e sugestões de correção de rumo para o Governo Municipal.

O prefeito relatou as dificuldades financeiras do município para justificar a impossibilidade de atender algumas das propostas. Conforme relatos de 2, dos 4 vereadores do SDD (David Olindo e Mauricio Anache), aconteceram momentos de tensão, quando o presidente do diretório municipal do PSDB, Moacir Hernandes, enalteceu as duas administrações Enelvo Felini que em sua avaliação, foi o melhor prefeito de Sidrolândia (uma espécie de marco histórico administrativo). Logo foi duramente contestado pelo vereador David Moura de Olindo.

A reunião foi intermediada pelo presidente da Câmara, Ilson Peres que na segunda-feira enviou um oficio à Comissão Provisória do Solidariedade solicitando o encontro com a bancada. Os vereadores atenderam o convite e quando chegaram para o encontro, foram recepcionados por Peres, o prefeito Ari Basso, além do presidente municipal do PSDB.

Os parlamentares deixaram claro que não pretendem barganhar cargos ou vantagens, mostram disposição de aprovar os projetos que julguem do interesse da cidade, sem renunciar ao direito de cobrar um choque de gestão na administração municipal, com redução do loteamento de cargos, definição de políticas púbicas para atender assentados, famílias indígenas, melhorar a estrutura de educação e saúde.

O primeiro momento da conversa foi uma espécie de lavagem da roupa suja, com ampla liberdade para os dois lados apresentarem suas críticas e queixas. O vereador David Olindo e o presidente do PSDB, Moacir Hernandes, tiveram a discussão mais tensa. O empresário enalteceu a cúpula tucana local, formada por empresários e produtores, tratados como exemplo de seriedade e preocupação com a cidade e avaliou como paradigma de administração competente, a gestão do ex-prefeito Enelvo Felini.

Esta avaliação excessivamente generosa de Moacir Hernandes sobre o trabalho de Enelvo foi o estopim para o vereador David reagir de forma contundente. O vereador desafiou o empresário a mencionar uma obra deixada por Enelvo que tenha transformada a cidade. “A obra de maior vulto que ele fez foi o Brizolão, uma quadra coberta, sem arquibancada, sem condições de receber uma competição. Para mim, sua administração é símbolo de mentira, falsidade e dissimulação”, ataca David.

Em entrevista ao Região News, Olindo fez questão de ressalvar que não falava em nome dos demais vereadores do partido, manifestava a sua opinião pessoal. Olindo saiu pessimista do encontro e cético quanto às chances de uma reaproximação com o Governo. “Foi uma conversa, pesada, acho difícil o entendimento. As pessoas que discutem política em nome do Governo são prepotente, arrogantes. Como são empresários, estão acostumadas a dar ordem, não aceitam sugestões”, avalia.

Confira a integra da carta entregue pelo Solidariedade com criticas ao Governo e propostas de ajuste da administração.

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