Política
Resistencia: Fá da Silva critica direção municipal do PT e diz que partido perdeu sua identidade
Fá acusa a cúpula de monopolizar a direção do partido, além de transformar o PT numa moeda de troca em defesa de interesses próprios.
Marcos Tomé/Região News
11 de Novembro de 2013 - 10:49
Após somatória dos votos válidos no final da tarde de ontem com o fim do Processo de Eleição Direta (PED) do Partido dos Trabalhadores, o grupo liderado pelo técnico em contabilidade, Geosafá Pinto Filho, o Fá da Silva, não conseguiu atrair uma quantidade de votos (mínimo 20%) para ter direito a indicar ao menos um membro na Executiva do partido.
Como desfecho da disputa, dos 55,60% dos filiados que foram as urnas, Fá assegurou apenas 17% dos votos a sua chapa para presidente, percentual que lhe assegurou indicar três nomes na composição do novo Diretório Municipal formado por um colegiado de 22 membros. O petista tem ficado na trincheira ao grupo que comando o PT, segundo ele, a mais de 16 anos em Sidrolândia.
Fá acusa a cúpula de monopolizar a direção do partido, além de transformar o PT numa moeda de troca em defesa de interesses próprios. Este não é o partido o qual defendo. As pessoas que ai estão abandoaram nossas causas, as bandeiras do partido. Jogaram o PT numa vala comum onde só dão importância aos interesses pessoais. Ou seja, o Índio, o assentado, os movimentos sociais são lembrados somente em período de eleição, ataca.
Apesar do mau desempenho nas urnas, Fá da Silva diz pertencer a um grupo que representa a resistência, não compactuo com o formato imposto pela direção do partido. Não se discute mais politicas públicas e sim, politicagem, alerta. Ele defende a manutenção da formação politica do PT, da inserção do militando nos debates políticos e da participação de todos nas decisões partidárias.
Wanderley Barbosa
Numa posição mais conformável, eleito novo presidente do Diretório Municipal com larga vantagem sobre seu adversário, o ex-vereador Wanderley Barbosa rebate os questionamento de seu oponente (derrota nas urnas) afirmando que o PT de hoje não é mais o do passado. Quem não tiver a capacidade de entender as mudanças sofridas ao longo dos anos, jamais compreenderá os caminhos do partido.
O PT é o partido que governo este País. Tivemos que nos aliar a outras agremiações partidárias para chegar ao poder. As mudanças são tão obvias que dispensa tecer qualquer tipo de comentário, agora, só nas as enxerga quem não quer, afirma. Ao menos e uma coisa ambos estão de acordo; o PT precisa retomar a discussão com os militantes e atuar forte na formação política.
As demais questões, na avaliação de Wanderley, faz parte do jogo politico. Ao contrário do que alguns pensam, minha missão frente ao PT é de abrir o partido num entendimento de que precisamos construir um projeto de governo, ressalta. Barbosa confirma que já manteve contato com o médico pediatra e vice-prefeito, Marcelo Ascoli.
Já conversamos sim. Chegou até nós uma informação de que ele estaria descontente no PSDB, nos colocamos a disposição caso queira ingressar no PT, comenta. O novo presidente faz questão de alertar que qualquer novo filiado terá o mesmo tratamento. Ele afirma que o projeto político do partido não será construído pelo caciquismo, que apesar da importância de uma nova liderança, tem de ter a aprovação da maioria. Não é porque o fulano de tal se filiou ao PT que será candidato a este ou aquele cargo, alerta.




