Tereza Cristina defende aprovação do seguro rural para estabilizar cadeia produtiva agrícola

Durante audiência pública realizada na quarta-feira (5) na Comissão de Agricultura e Reforma Agrária (CRA), a senadora por Mato Grosso do Sul, Tereza Cristina (PP) defendeu a aprovação do projeto de lei 1.217/2025 e classificou o seguro rural como imprescindível para a estabilidade da cadeia produtiva agrícola.

O projeto em questão concede crédito emergencial a produtores rurais que tiveram negada a indenização do seguro rural por eventos climáticos adversos.

A audiência foi proposta pela senadora. Segundo ela, sobre a questão de seguro rural, o Brasil ainda está ‘engatinhando’. “Na verdade, nós temos um seguro de crédito, não um seguro de renda, que é o próximo passo que o produtor precisa”.

O senador Hamilton Mourão (Republicanos-RS) participou da audiência e cobrou a modernização do seguro rural. “Muitos produtores, mesmo cumprindo todas as exigências técnicas e contratuais, foram surpreendidos pela negativa da cobertura do seguro rural, ficando à margem da política de proteção ao setor”.

De acordo com o assessor técnico da CNA (Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil), Guilherme Augusto Costa Rios, há preocupação com a escassez de gestão de risco da safra e o aumento da restrição de crédito. Rios citou ainda o risco climático. “Se o La Niña de fato se confirmar, com certeza, em 2026, aqueles índices de inadimplência que vimos vão aumentar consideravelmente, pois o produtor está desprotegido”.

Quem também esteve presente na audiência foi o secretário-adjunto de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Wilson Vaz de Araújo. Ele destacou a limitação de recursos para renegociação de dívidas rurais e pediu uma análise dos motivos pelos quais os produtores atingidos por eventos climáticos não foram indenizados. “Teríamos que ter uma caracterização melhor da motivação e por que esse seguro não aconteceu, e continuar discutindo se é preciso algo adicional para atender essas categorias de produtores”.