Política
Tucano quer posição de Dilma para acabar com guerra no campo em MS
Ele está desacreditado da palavra do Ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, que classificou como um risco nágua.
Assessoria
29 de Novembro de 2013 - 08:11
O senador Ruben Figueiró (PSDB-MS) afirmou que a solução para a questão indígena em Mato Grosso do Sul tem de passar com urgência para as mãos da presidente da República, Dilma Rousseff. Ele está desacreditado da palavra do Ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, que classificou como um risco nágua.
Figueiró comentou o documento Paz no Campo entregue nesta quinta-feira (28) pelo governador André Puccinelli (PMDB), ao assessor especial do Ministério da Justiça, Marcelo Veiga.
O documento sugere a aquisição de terras não indígenas por meio de desapropriação pela União; a aquisição de terras em conflito ou judicializadas, por meio de aporte financeiro, por parte da União, para o Fundo Estadual de Terras Indígenas; e a autorização para que o Estado use os recursos comprometidos com a dívida com a União para a aquisição de terras.
Estes recursos representam hoje 15% da receita corrente líquida do Estado. O documento foi assinado pelo governador, pelo presidente da Assembleia Legislativa, pela Aprosoja, Famasul, Acrissul e Assomasul.
Após receber a ligação do governador Puccinelli, transmitindo o conteúdo do documento da nota para ele e de ver o texto enviado pela Famasul, Figueiró fez o seguinte comentário.
A nota Paz no Campo expedida pelo governo do Estado e entidade de representação do meio rural muito preocupados com a passividade, negligência e irresponsabilidade expressas pelo Ministério da Justiça diante da extrema gravidade de um conflito de terras em nosso estado reflete uma vez mais a insatisfação, não só de produtores rurais, como de indígenas e da sociedade, disse.
O documento reflete também uma manifestação peremptória do Arcebispo Dom Dimas, que até então se mostrava cauteloso com o problema. A presença do Ministério Público constitui que o clamor diante da omissão do governo federal deve ter um paradeiro inexorável e que só pode ter o seu desfecho com a palavra autorizada da maior autoridade da República, a senhora presidente.
Veja a que ponto chegamos! Infelizmente a insatisfação que manifestei durante a audiência pública no Senado e na reunião no gabinete do ministro da Justiça, reconheço, tem absoluto fundamento, pois de tanto ouvir esse senhor ministro cheguei a conclusão há algum tempo de que a sua palavra não passava de um risco n´água.
Com essa nota, que eu diria de Mato Grosso do Sul, Paz nos Campos, é um gesto como aquele de César ao atravessar o Rubicon: ou tudo ou nada!, afirmou Figueiró.




