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Região

Obra no aeroporto de Dourados deve demorar mais um ano

Ampliada pelo Exército, pista de pouso está tomada por ondulações e serviço terá de ser parcialmente refeito.

Correio do Estado

13 de Setembro de 2023 - 13:36

Obra no aeroporto de Dourados deve demorar mais um ano
Recapeamento para tentar corrigir as ondulações na pista de pouso de Dourados já começaram, mas liberação de pousos vai demorar - divulgação.

Por causa de erros no projeto e na execução e exatamente um ano depois do prazo inicial estipulado pelo Exército para a entrega da pista de pouso do aeroporto de Doutados, o vice-governador, José Carlos Barbosa (Barbosinha), afirmou nesta terça-feira (12) que os trabalhos devem se estender pelo menos até o final do segundo trimestre do próximo ano.

Durante visita técnica, acompanhado por representantes do Exército, Barbosinha afirmou que “ainda não é possível garantir que antes do fim do segundo trimestre do ano que vem a população já possa dispor de uma pista apropriada para pousos e decolagens”. Ou seja, numa previsão otimista, os trabalhos devem ser concluídos em um ano, de acordo com a previsão dele.

O Exército assinou ainda em 2017 acordo com a prefeitura para ampliar a pista de pouso, que está fechada desde maio de 2021. A previsão era concluir os trabalhos em setembro de 2022. Os trabalhos atrasaram e a nova previsão passou a ser agosto de 2023.

Porém, agora, às vésperas da entrega, descobriu-se que a pista estava tomada por uma série de defeitos, como ondulações que impedem o pouso seguro de qualquer tipo de aeronave.

Por isso, conforme o coronel Carlos Alexandre Bastos Vasconcellos, encarregado do serviço pelo 9º BEC (Batalhão de Engenharia e Construção) do Exército, será necessário fazer um novo recapeamento para tentar corrigir o problema.

Inicialmente orçada em R$ 40 milhões, a obra já consumiu em torno de R$ 90 milhões  e agora o Exército estima que sejam necessários pelo menos mais R$ 9 milhões para os trabalhos de finalização. Esse montante fnal, contudo, ainda não está disponível.

Porém, não há garantia de que o novo recapeamento consiga resolver o problema das ondulações, pois existem suspeitas de que a compactação do solo tenha sido mal feita e depois que aeronaves pesadas começarem a operar elas reapareçam, já que a pista está instalada em região de solo encharcado.

O coronel encarregado pela obra, porém, se mostra otimista. Na parte antiga pista, de acordo com ele, será necessário “mais uma capa, solução já em execução. E na parte nova, de 400 metros, duas capas para enfrentar as ondulações”, afirmou nesta terça-feira, conforme publicação da assessoria do governo estadual. Esses recapeamentos, segundo Vasconcellos, devem ser concluídos até dezembro deste ano.

E, além desse recapeamento, o serviço de drenagem no entorno da pista também terá de ser refeito. Isso porque em meio às fortes chuvas de fevereiro deste ano, quando caíram 275 milímetros durante 18 dias, ocorreram uma série alagamentos e infiltrações no meio da pista, que foi alargada e ampliada para 1.775 metros de comprimento, tamanho suficiente para receber aeronaves de grande porte.

E mesmo que a pista seja liberada daqui um ano, ainda falta cumprir a promessa de ampliação do terminal de embarque, obra que nem mesmo foi licitada. O dinheiro, R$ 38 milhões, contudo, já está garantido, conforme Thiago Pereira Pedroso, diretor de investimentos  da Secretaria Nacional de Aviação Civil (SAC), que acompanhou a visita técnica desta terça-feira.