Logomarca

Um jornal a serviço do MS. Desde 2007 | Sexta, 26 de Julho de 2024

SIDROLÂNDIA- MS

Com 154 registros no ano, golpes digitais viram rotina de impunidade

Como alvo pessoas acima dos 50 anos que não tem muita familiaridade com as ferramentas digitais.

Redação/Região News

26 de Novembro de 2022 - 10:20

Com 154 registros no ano, golpes digitais viram rotina de impunidade
(Rafael Henrique/SOPA Images/LightRocket/Getty Images)

Não há um levantamento preciso sobre o prejuízo financeiro causado pelos 154 golpes digitais com boletins de ocorrências registrados na Delegacia da Polícia Civil em Sidrolândia. A impunidade é o traço determinante dos crimes que via de regra tem como alvo pessoas acima dos 50 anos que não tem muita familiaridade com as ferramentas digitais.

Só nas últimos três semanas foram 20 ocorrências que resultaram num prejuízo financeiro de quase R$ 47 mil só para 11 vítimas. Os golpistas não economizam na criatividade para enganar os incautos.

Um deles, enviou uma mensagem por WhatsApp para a vítima, um homem de 32 anos, residente na Rua Nélio Paim, no Residencial Cascatinha. O golpista se apresentou como agente do Bradesco e prometeu, mediante o pagamento de um boleto de R$ 2.908,17, emitido em nome de Ricardo Damasceno, liberar o veículo do rapaz, apreendido por decisão judicial. Após alguns dias sem que o pagamento fosse compensado no sistema financeiro do banco, constatou ter sido vítima de um golpe.

Uma mulher de 44 anos, teve mais sorte, seu prejuízo foi de R$ 245 29. Navegando pela sua rede social (Facebook) ela acessou o link Capital Financeiro onde lhe pediram para deixar seu número de telefone porque iriam entrar em contato com ela.

Depois de uma semana os supostos agentes da financeira começaram a trocar mensagens com a mulher que manifestou interesse em fazer um empréstimo de R$ 5 mil. Ela recebeu e assinou o contrato da operação, mas foi lhe pedido o pagamento de R$ 245,29 para a liberação do dinheiro.

Na sequência, houve a solicitação de mais R$ 500,00, a pretexto de pagar a assinatura eletrônica. Como o empréstimo não saiu, ela se recusou a fazer o pagamento e passou a ser ameaçada de ter o nome negativado no Serasa.

Um morador na Rua Afonso Pena de 36 anos, perdeu R$ 2.900,00, ao negociar por WhatsApp a compra de uma motocicleta. Depois de depositar o adiantamento na conta de Jair Rodrigues Oliveira, constatou que havia caído num golpe de estelionato.

Dona Valquíria Alves, 39 anos, teve um prejuízo de R$ 6 mil ao tentar comprar pela internet uma motocicleta oferecida no Mercado Livre. Após fazer 4 transferências em nome de Bruno Silva Souza Rodrigues, ela descobriu o golpe.

Um idoso de 62 anos, residente no Assentamento Terra Solidário, perdeu R$ 13.975,00 ao fazer essa transferência imaginando que estava quitando uma pendência financeira com o Banco Pan. Só após o pagamento descobriu que a atendente com a qual se comunicou era uma estelionatária.

Uma mulher de 39 teve um prejuízo de R$ 6.494,00, com movimentações à revelia dela na conta que tem no Bradesco. Se passar por filhos das vitimas tem sido uma estratégia recorrente.

Foi o que aconteceu com uma senhora de 65 anos. Ela recebeu uma mensagem de WhatsApp em que a pessoa se passou pelo filho dela que alegou ter trocado de celular e pediu a transferência de R$ 1.980,00 para uma conta na Caixa Econômica Federal em nome de Rafael Rodrigues. Na sequência, a senhora falou com o filho e descobriu que ele não lhe pediu o dinheiro.