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SIDROLÂNDIA- MS

Corte de gastos suspende programa Mais Saúde, Menos Fila e cancela mutirões de cirurgias eletivas

Há duas semanas, a Secretaria Estadual de Saúde comunicou a suspensão por tempo indeterminado do programa que desde 2023 viabilizou a realização de 41.822 cirurgias.

Redação/Região News

21 de Setembro de 2025 - 14:50

Corte de gastos suspende programa Mais Saúde, Menos Fila e cancela mutirões de cirurgias eletivas
Foto:Tony Winston

O decreto de contenção de despesas do Governo do Estado atingiu diretamente o Programa Mais Saúde, Menos Fila, lançado em maio de 2023 para reduzir a fila de cirurgias eletivas e exames de imagem em Mato Grosso do Sul. Há duas semanas, a Secretaria Estadual de Saúde comunicou a suspensão por tempo indeterminado do programa que desde 2023 viabilizou a realização de 41.822 cirurgias e 53.063 exames de imagem.

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Conforme dados coletados no Portal do programa, neste período foram realizadas em Sidrolândia 3.745 cirurgias, quantitativo que correspondeu a 61,07% dos 6.132 procedimentos que o Hospital Elmíria Silvério Barbosa se habilitou a realizar. Foram feitos 1.586 exames, 12,24% dos 12.950 que potencialmente poderiam ser feitos aqui.

Os desencontros entre a direção do hospital Elmíria Silvério Barbosa e a ex-prefeita Vanda Camilo, que acabaram transbordando para questões político-eleitorais, fizeram com que mais pacientes de municípios próximos do que da própria cidade. No biênio 2023/2024, foram feitas 2.442 cirurgias e 1.003 exames. Neste ano, em menos de 9 meses, já foram realizadas 1.303 cirurgias e 583 exames.

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A gestão passada optou por firmar contratos com os hospitais do Pênfigo e Evangélico, encaminhando para Campo Grande pacientes que fizeram exames e cirurgias que poderiam ter sido realizadas no hospital da cidade. Os contratos custaram aos cofres públicos em dois anos mais de R$ 3 milhões.

Como consequência, a fila local aumentou e pelo menos 900 pessoas recorreram à Justiça para garantir acesso a cirurgias e exames por imagem.

No início do ano 6.983 pessoas formavam a na fila de espera por cirurgias eletivas e exames. Transcorridos quase 9 meses desde então, a demanda cresceu, embora tenham sido realizados, pelo programa estadual 1.303 procedimentos cirúrgicos e 583 exames de imagem.

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A Prefeitura custeou 254 cirurgias, incluindo:

  • 57 procedimentos de colecistectomia (22,44%);
  • 39 de hernioplastia inguinal (15,35%);
  • 37 Histerectomia total  (14,57%);
  • 18 laqueadura (7,09%);
  • 18 Laqueadura tubária (7,09%);
  • 17 hernioplastia umbilical (6,69%)
  • e 15 vasectomia (5,91%), dentre outras cirurgias.