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Prefeito elimina iniciais de Daltro Fiuza de totem e instala nova identificação do Paço Municipal
Decisão de eliminar iniciais de Daltro Fiúza do monumento de 1982 coincide com cobranças salariais de servidores e aumenta desgaste.
Redação/Região News
15 de Maio de 2025 - 16:22

Enquanto os servidores efetivos cobram reajuste salarial e aguardam a definição do novo Plano de Cargos e Salários, o prefeito Rodrigo Basso (PL) se envolveu em mais uma polêmica com aliados: a remoção do totem histórico que marcava a inauguração do Paço Municipal em 1982. A decisão partiu diretamente do prefeito que também autorizou a instalação de um novo totem de identificação da sede administrativa — agora sem qualquer menção ao ex-prefeito Daltro Fiúza (MDB).
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O antigo monumento, que havia resistido a quatro décadas e diversas gestões, ficava ao lado dos mastros das bandeiras e registrava o ato solene da inauguração, realizada na gestão de Fiúza com a presença do então governador a época, Pedro Pedrossian. A retirada do marco gerou forte repercussão política, indignação de apoiadores históricos do ex-prefeito e críticas públicas de lideranças ligadas à família Fiúza.
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Daltro Fiúza, com cinco vitórias eleitorais e quatro mandatos à frente da Prefeitura, foi peça-chave na eleição de Rodrigo Basso em 2024. O apoio de Fiúza foi considerado decisivo para a consagradora vitória de Basso, que obteve 61,27% dos votos válidos — 16.364 votos no total. No entanto, a exclusão das iniciais “DF” (referência a Daltro Fiúza) do novo totem, pode agravar ainda mais o desgaste político (veja foto).

“Nas últimas quatro décadas, todos os prefeitos que passaram pelo Paço mantiveram o totem por entender se tratar de um marco histórico. Infelizmente, a atual gestão não teve o mesmo entendimento”, declarou a filha do ex-prefeito e atual vice-prefeita, Cristina Fiuza.
Desgaste
A substituição do totem ocorre em meio à crescente pressão dos servidores municipais, que ainda aguardam o envio à Câmara do novo Plano de Cargos e Salários. Com a data-base da categoria (1º de maio) já vencida, o projeto está atrasado e não deve garantir retroatividade nos vencimentos deste mês caso não seja encaminhado a Câmara na próxima semana.
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O presidente do Sindicato dos Servidores, Wilber Soares, aponta que cerca de 340 funcionários ainda recebem abaixo do salário mínimo, sendo necessário complemento. A proposta acenada pela Prefeitura elevaria o piso para cerca de R$ 1.750,00, com reajuste geral previsto de 5,48% para junho ou julho. Contudo, os gastos com pessoal já ultrapassam 51% da receita líquida, e a folha com cargos comissionados subiu mais de R$ 2 milhões nos últimos 12 meses.
A junção de crise administrativa, impasse com os servidores e atrito com aliados políticos que ajudou a eleger o atual prefeito compõe um cenário delicado para atual gestão — que agora enfrenta não só cobranças salariais.




