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SIDROLÂNDIA- MS

Sidrolândia registra queda no rebanho bovino, mas se mantém líder na produção de frangos

Segundo dados do IBGE, entre 2018 e 2024, cerca de 65 mil hectares de pasto foram convertidos em lavouras de soja e milho.

Redação/Região News

19 de Setembro de 2025 - 07:00

Sidrolândia registra queda no rebanho bovino, mas se mantém líder na produção de frangos

A pecuária está perdendo espaço no campo para a agricultura em Sidrolândia. Segundo dados da Pesquisa da Pecuária Municipal (PPM/IBGE) 2024, o rebanho passou de 206.567 cabeças em 2022 para 189.562 em 2024, registrando uma redução de aproximadamente 8,2% em dois anos.

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Segundo dados do IBGE, entre 2018 e 2024, cerca de 65 mil hectares de pasto foram convertidos em lavouras de soja e milho. A transformação reflete o movimento de modernização do agronegócio local, em que a rentabilidade das lavouras de grãos se mostrou superior à da pecuária.

Em contrapartida, a produção de frangos segue em expansão. O levantamento aponta que o município mantém mais de 7 milhões de aves alojadas, passando de 6.936.669 em 2022 para 7.035.433 em 2024, um crescimento de 1,4% em relação ao ano anterior. A unidade local da JBS abate mais de 220 mil frangos por dia, produção toda destinada ao mercado externo. São mais de 400 aviários em produção.

Panorama estadual

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O rebanho bovino de Mato Grosso do Sul apresentou uma queda de 0,8% em 2024, totalizando 18.744.820 cabeças, segundo dados da PPM (Pesquisa da Pecuária Municipal) divulgada nesta quarta-feira (18) pelo IBGE. O resultado representa um retorno à tendência de retração observada no estado entre 2016 e 2022, após o pico registrado em 2015, quando o rebanho chegou a 21,3 milhões de cabeças.

Apesar da diminuição, Mato Grosso do Sul mantém o quinto maior rebanho do país, com 7,9% do total nacional, atrás do vizinho Mato Grosso, que lidera com 32,9 milhões de bovinos (13,8% do efetivo nacional). O levantamento do IBGE também mostra que o rebanho nacional recuou 0,2% em 2024, embora a produção de carne tenha atingido o segundo maior valor da série histórica, perdendo apenas para o recorde de 2023.

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No cenário municipal, Corumbá mantém-se com o segundo maior rebanho do Brasil, contabilizando 2,2 milhões de cabeças, o equivalente a 11,7% do efetivo estadual. Outros municípios sul-mato-grossenses também aparecem entre os maiores do país: Aquidauana (11º), Ribas do Rio Pardo (14º) e Porto Murtinho (23º). No ranking nacional, o município que lidera o efetivo bovino é São Félix do Xingu (Pará), com 2,5 milhões de animais, correspondendo a 10% do rebanho paraense.

O histórico do rebanho de Mato Grosso do Sul revela uma trajetória de declínio gradual nos últimos anos. Em 2013, o estado possuía 21 milhões de cabeças, ocupando a quarta posição nacional, mas perdeu a colocação em 2019 e desde então se mantém na quinta posição. Entre 2013 e 2024, o rebanho sul-mato-grossense caiu mais de 2 milhões de cabeças, refletindo ajustes de mercado, mudanças na área de pastagens e outros fatores econômicos e ambientais.