Sidrolandia
Promotor quer afastar os vereadores presos durante a Operação Uragano
Desde segunda-feira o promotor está formulando a ação civil pública contra os parlamentares
Dourados Agora
08 de Setembro de 2010 - 08:55
O Promotor de justiça Paulo César Zeni deve entrar ainda hoje com ação cívil pública contra os vereadores envolvidos no suposto esquema de corrupção que envolve políticos, empresários e funcionários da Prefeitura Municipal de Dourados. Na ação, Zeni deve pedir a indisponibilidade dos bens dos vereadores, o afastamento deles e o ressarcimento ao erário público.
Dos nove vereadores presos durante a Operação Uragano da Polícia Federal, três ainda estão atrás das grades: Sidlei Alves (DEM) presidente da Câmara -, Humberto Teixeira Júnior (PDT) e Edvaldo Moreira (PDT) primeiro secretário. Sidlei é considerado pela PF como o mais voraz dos vereadores no suposto esquema de corrupção e Júnior Teixeira o segundo mais voraz.
Desde segunda-feira o promotor está formulando a ação civil pública contra os parlamentares. Zeni não quis detalhar o teor da ação, mas garantiu que deverá ingressar com esta ainda hoje. Ele informou que todo o esquema aos quais os vereadores estão envolvidos serão utilizados para não deixar brechas jurídicas no sentido de beneficiar os acusados.
SESSÃO
A Câmara Municipal retoma a sessão legislativa amanhã, a partir das 19h. Como boa parte dos vereadores deixaram a cadeia haverá número suficiente de parlamentares para o quorum. Resta saber se eles vão comparecer à sessão. Acontece que os sindicatos organizados, estudantes e movimentos populares prometem fazer um grande ato de protesto contra os vereadores envolvidos no suposto esquema de corrupção. Dos 12 parlamentares, a única não citada no relatório da PF é a vereadora Délia Razuk (PMDB). Além de Délia não foram presos Dirceu Longhi (PT) e Gino Ferreira (DEM).
Entretanto, Dirceu é citado no relatório da PF por participar do esquema de corrupção. Ele é apontado por fazer uma investigação mais branda na CPI da Saúde, para não prejudicar a Prefeitura de Dourados. Gino foi chamado pela PF para prestar esclarecimentos. Ele foi apenas questionado se tinha conhecimento sobre o esquema.