CAMPO GRANDE
Marcos Pollon ataca Bolsonaro e Valdemar por entrega do PL ao PSDB em ato 'Reaja Brasil' em Campo Grande
Pollon direcionou ataques contundentes ao ex-presidente Jair Bolsonaro e ao presidente nacional do PL, Valdemar Costa Neto.
Redação/Região News
03 de Agosto de 2025 - 19:43

O deputado federal Marcos Pollon (PL-MS) protagonizou um dos momentos mais polêmicos do ato político “Reaja Brasil”, realizado na manhã deste domingo na Avenida Afonso Pena, em Campo Grande. No palanque montado para defender a anistia aos presos do 8 de Janeiro e pedir o impeachment do ministro Alexandre de Moraes, Pollon direcionou ataques contundentes ao ex-presidente Jair Bolsonaro e ao presidente nacional do PL, Valdemar Costa Neto.
✅ Receba no WhatsApp as notícias do RN
Em tom de desabafo, Pollon acusou a dupla de “entregar o PL para o PSDB de Mato Grosso do Sul”, hoje comandado pelo ex-governador Reinaldo Azambuja. “Quem aqui engoliu o PSDB ter engolido o PL? Palmas para quem engoliu esse teatro absurdo porque eu não engoli!”, disparou ao microfone, sob aplausos e vaias.
“Canalhas, e eu falo na cara. Eu quero que se fo...! Pollon, você acabou de enterrar sua carreira política. Fo...-se! Eu não vou entregar meu país, por...!”, concluiu exaltado.
✅ Clique aqui para seguir o RN no Facebook
A insatisfação de Pollon com os rumos do partido não é nova. Ele já havia criticado Bolsonaro em 2024, quando perdeu o comando estadual da sigla e viu o ex-presidente selar aliança com o PSDB nas eleições municipais de Campo Grande. A decisão teria sido influenciada por pressões da executiva nacional tucana, mirando apoios estratégicos ao Senado em 2026.
O ponto de ruptura, porém, se agravou com a composição política local, em que o grupo de Azambuja passou a ter peso dentro da estrutura do PL no Estado — algo que Pollon considera uma “traição ideológica”.
Bastidores da manifestação
✅ Clique aqui para seguir o RN no Instagram
De acordo com a assessoria de Pollon, o parlamentar foi ao ato como cidadão, sem intenção de discursar. No entanto, após declarações do colega deputado Rodolfo Nogueira (PL), que afirmou no trio elétrico que “quem não subisse era covarde”, Pollon pediu espaço para se manifestar. Inicialmente barrado, só conseguiu falar após abrir uma live em suas redes sociais, o que teria provocado recuo dos organizadores.
No discurso, além das críticas nacionais, Pollon também denunciou o “uso eleitoreiro das manifestações” por parte de lideranças locais.
Próximos passos
O rompimento com a cúpula nacional do PL deixa o futuro político de Pollon incerto dentro da legenda. Nos bastidores, cogita-se que ele poderá buscar um novo partido para disputar as eleições de 2026, seja tentando a reeleição como deputado federal, seja almejando o Senado ou até mesmo o Governo do Estado.




