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Economia

Dólar recua 0,6% e fecha a R$ 1,62; Bovespa sobe 1,22%

Folha On-line

17 de Maio de 2011 - 16:22

Há dez dias úteis a taxa de câmbio brasileira permanece acima de R$ 1,60, o que leve alguns analistas financeiras a apontarem o valor como o novo "piso" para o preço da moeda americana, pelo menos na atual conjuntura de maior aversão a risco.

Os motivos que levaram o dólar de R$ 1,57 a R$ 1,63 no espaço de poucas semanas são muitos: o fim do programa de "relaxamento monetário" ("quantitative easing") nos EUA, que injetou bilhões de dólares na praça financeira; a crise recorrente dos países periféricos europeus; e não menos importante, o derretimento das commodities, o que afeta diretamente a balança comercial.

Nesse contexto, a taxa de câmbio chegou a bater R$ 1,640 em seu valor máximo logo pela manhã, mas esse ímpeto perdeu força à tarde, e a cotação deslizou para R$ 1,622 até o encerramento das operações. No dia, a queda foi de 0,61%, após subir por quase quatro sessões consecutivas. O dólar turismo, por sua vez, foi vendido por R$ 1,750 e comprado por R$ 1,580 nas casas de câmbio paulistas.

Os preços acompanharam o fortalecimento do euro lá fora, que valorizou 0,4% e atingiu US$ 1,4221 na praça internacional, num dia de trégua do nervosismo que predomina nos mercados.

Ainda operando, a Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo) avança 1,22%, aos 63.597 pontos. O giro financeiro é de R$ 4,81 bilhões. Nos EUA, a Bolsa de Nova York cede 0,54%.

Apesar da alta recente, as cotações da moeda americana, por enquanto, não cumpriram o prognóstico de que rapidamente chegariam a R$ 1,65, como alguns profissionais do setor financeiro acreditavam, logo que as taxas deram um "salto" entre abril e maio. "O que nós vemos por aqui é que, quando chega a R$ 1,63, R$ 1,64, o mercado começa a formar posições vendidas [a apostar na baixa das cotações] de novo. Parece haver uma resistência muito grande nesses preços", comenta Glauber Romano, analista da Intercam Corretora.

O Banco Central, como de praxe, entrou por duas vezes na praça financeira: por volta das 12h (hora de Brasília) e às 15h35, quando fixou taxas por R$ 1,6343 e R$ 1,6210, respectivamente.