Após transplante de rins, mecânico segue em recuperação em São Paulo

Já está em recuperação o mecânico Romário Cristaldo, 32 anos, que no último dia 10 de novembro passou por um transplante de rim em São Paulo. O órgão foi doado pelo pai dele, Roberto Cristaldo, de 58 anos, que recebeu alta dois dias depois, na terça-feira (12). Romário teve alta no domingo (16) e permanecerá na capital paulista até fevereiro para acompanhamento pós-operatório.

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Em companhia dos pais, Romário está morando temporariamente num flat alugado pela família na Vila Mariana, perto do hospital. Cumpre uma rotina dia sim, dia não de ida ao hospital com acompanhamento com monitoramento rigoroso do pós -operatório.

Toma medicamentos imunossupressores para evitar a rejeição do rim e segue restrições alimentares, evita esforços físicos até liberação médica.

A viagem para São Paulo começou na sexta-feira, 7 de novembro, inicialmente apenas para consultas e exames. Durante a avaliação, a equipe médica decidiu antecipar a cirurgia, que ocorreu na segunda-feira (10), após internação no domingo (9). A operação, realizada pelo médico Lúcio Requião, do HRIM – Hospital do Rim, durou cerca de quatro horas e foi bem-sucedida para ambos.

Ele foi diagnosticado em 14 de maio com glomerulonefrite, doença que já havia comprometido totalmente seus rins. A glomerulonefrite é um distúrbio de glomérulos (aglomerações de vasos sanguíneos microscópicos nos rins com pequenos poros através dos quais o sangue é filtrado). É caracterizada pelo inchaço do tecido do organismo (edema), hipertensão arterial e aparecimento de glóbulos vermelhos na urina.

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A suspeita inicial era de um problema cardíaco, já que ele apresentava pressão alta com frequência. Após exames solicitados pelo cardiologista, ele foi encaminhado à nefrologista Thaís Vendas, da clínica Davita, em Campo Grande, que confirmou o diagnóstico.

Com os rins já pequenos e calcificados, a equipe médica descartou a biópsia devido ao risco de hemorragia e pela impossibilidade de reversão. Em 1º de agosto, após passar mal por três dias, Romário iniciou hemodiálise de urgência, permanecendo em tratamento por três meses. Desde junho, está afastado do trabalho na oficina agrícola da família, a Mecânica Cristaldo.

Em São Paulo, os exames mostraram compatibilidade tanto com a mãe quanto com o pai. Porém, um cisto no rim esquerdo da mãe inviabilizou a doação, e a equipe decidiu seguir com Roberto como doador.

Católico fervoroso, com participação ativa nas atividades da comunidade, Romário recebeu o apoio dos amigos do noviço acampamento da Igreja Nossa Senhora da Abadia, que promoveram uma verdadeira corrente de oração pela sua recuperação.

Apaixonado por futebol,  ele está confiante que retomará sua rotina de peladas semanais, atividade interrompida desde o diagnóstico. Após três meses de acompanhamento, os médicos avaliarão a possibilidade de retorno ao esporte, algo que ele aguarda com expectativa.

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Emocionado, Roberto, pai e doador, agradece o carinho recebido da comunidade de Sidrolândia, destacando as orações, mensagens e apoio durante esse momento tão importante para a recuperação do filho.