Logomarca

Um jornal a serviço do MS. Desde 2007 | Terça, 3 de Dezembro de 2024

Mato Grosso do Sul

Onça com patas queimadas é reintegrada à natureza

Ela foi tratada e recuperada por técnicos do Imasul e do Hospital Veterinário Ayty.

Top Mídia News

27 de Novembro de 2024 - 16:08

Onça com patas queimadas é reintegrada à natureza
Onça Miranda está readaptada no Pantanal. Foto: Reprodução Imasul

Onça-pintada, chamada de ‘’Miranda’’, que teve patas queimadas durante incêndio florestal no Pantanal de Miranda foi devolvida à natureza e está completamente reintegrada ao habitat natural. Ela foi tratada e recuperada por técnicos do Imasul e do Hospital Veterinário Ayty.

Conforme o Portal de Aquidauana, o felino está readaptado após dois meses de volta à floresta. O monitoramento é feito com auxílio de um colar VHF equipado com GPS, confirma que a jovem fêmea, de cerca de dois anos, apresenta excelente estado físico e comportamental.

Ainda segundo o Portal, o equipamento de rastreamento do Onçafari instalado em parceria com o Imasul permite acompanhamento detalhado dos movimentos de Miranda. Isso demonstra  que a onça explora seu território de forma ativa. Ela alterna entre deslocamentos rápidos e repouso, momentos estes provavelmente de alimentação de carcaças que ela caça.

A localização da onça é mantida em sigilo por questões de segurança.

Imasul 

O diretor-presidente do Imasul, André Borges, classifica o caso de Miranda como um exemplo notável do que pode ser alcançado por meio da cooperação entre instituições.

"A história de Miranda é a prova concreta que o conhecimento técnico e parcerias sólidas, conseguimos transformar situações de vulnerabilidade em histórias de sucesso. Acompanhamos com orgulho sua adaptação e reafirmamos nosso compromisso com a proteção da biodiversidade do Pantanal", destacou.

Já a bióloga coordenadora do Onçafari, Liliam Rampim, frisou que o sucesso da ação se deve a união de instituições pela mesma causa.

O caso 

Miranda foi resgatada após ser encontrada brigada em uma manilha e foi capturada por uma força-tarefa composta por equipes do Centro de Reabilitação de Animais Silvestres), Gretap, Ibama e PMA (Polícia Militar Ambiental).

Foram 43 dias de tratamento intensivo, que incluiu curativos diários com pomadas cicatrizantes e sessões de ozonioterapia, que aceleraram a recuperação de suas patas. Uma dieta reforçada, composta por até 5 kg de carne por dia, foi essencial para sua recuperação física e ganho de peso.