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Mato Grosso do Sul

Riedel mostra na ALEMS plano de investimento de R$ 5,8 bilhões com privatização de 870 km de rodovias

Nesta terça-feira, o governador Eduardo Riedel apresentou na Assembleia Legislativa o cronograma de investimento.

Redação/Região News

10 de Setembro de 2024 - 16:20

Riedel mostra na ALEMS plano de investimento de R$ 5,8 bilhões com privatização de 870 km de rodovias
A privatização de 870 km de trechos de duas rodovias federais (BR-262 e BR-267). Foto: Divulgação

A privatização de 870 km de trechos de duas rodovias federais (BR-262 e BR-267) e de três rodovias estaduais (MS-040, MS-338 e MS-395) projeta um investimento de R$ 5,8 bilhões por parte da empresa que arrematar a concessão por 30 anos. No próximo dia 12 de dezembro, está programado o lançamento do edital e a realização do leilão na Bolsa de Valores do Brasil, em São Paulo.

Serão entregues à concessão privada 382,2 km da BR-262 (trecho Campo Grande/Três Lagoas); 248,1 km da BR-267 (Nova Alvorada do Sul); 226 km da MS-040 (Campo Grande/Santa Rita do Pardo); 60,1 km da MS-338 (Santa Rita do Pardo/Bataguassu) e 7,7 km da MS-395 (trecho Bataguassu/entroncamento da BR-267).

Nesta terça-feira, o governador Eduardo Riedel apresentou na Assembleia Legislativa o cronograma de investimento que a futura concessionária terá de implementar na Rota da Celulose, complexo viário de escoamento da produção das indústrias de celulose de Ribas do Rio Pardo, já em funcionamento, e das projetadas para Inocência e Água Clara.

O cronograma de investimento prevê, entre o 2º e o 6º ano de concessão, a implantação de contornos urbanos em Ribas do Rio Pardo, Água Clara, Bataguassu e Santa Rita do Pardo. Está prevista a duplicação de 96,3 km entre o acesso à planta industrial da Suzano (Ribas do Rio Pardo) e o início do perímetro urbano de Campo Grande. Além disso, será feita a readequação de 3,2 km já duplicados no perímetro urbano da capital.

No trecho urbano de Campo Grande, serão construídos 11,1 km de marginais. Deverão ser duplicados 13,5 km da BR-267, entre o distrito de Porto XV de Novembro e o contorno de Bataguassu. Estão previstos 83 pontos do sistema de torres de wireless, com disponibilidade de internet aos usuários. A tarifa quilométrica considerada no estudo foi a mais próxima de outras concessões, de R$ 0,1613 por quilômetro (pista simples) e R$ 0,2258 (pista dupla).

Haverá 12 pontos de pedágio, onde circulam 120.421 eixos rodantes, sendo 82% veículos comerciais e apenas 18% de passeio. O projeto da Rota da Celulose considera ainda várias alterações previstas, incluindo mais pedágios, pavimentação de outras rodovias e a construção de plantas de novas indústrias.

O corredor rodoviário representa 62% da geração de viagens dentro do Estado, por onde passam veículos com origem ou destino a nove estados. Entre os principais investimentos da concessão estão: ampliação da capacidade (acostamentos, terceira faixa, duplicação e via marginal), dispositivos em nível (entorno e entroncamento) e dispositivos em desnível (travessias sobre linhas férreas, contornos, viadutos, passarelas e passagens de fauna). Todos esses investimentos estarão concentrados majoritariamente nos primeiros oito anos de concessão.

O presidente da Assembleia, deputado Gerson Claro, destacou que a reunião foi muito produtiva. “Recebemos hoje o governador e toda sua equipe, que vieram nos apresentar este projeto, que é uma modelagem de concessão, onde a União passou algumas rodovias federais ao Estado, para fazer um pacote que estamos chamando de Rota da Celulose. Com trechos que serão duplicados, outros com terceira faixa, assim como acostamentos. Serão 30 anos de investimento, com recursos da iniciativa privada, para trazer benefícios à população”, ponderou.

Hoje, essas rodovias são predominantemente em pista simples, sendo que as federais possuem acostamento e as estaduais, afastamento de segurança. Em termos de terceira faixa, a estadual MS-040 é a única que possui um trecho de apenas 11 km. Já as federais têm cerca de 40 km de extensão com a faixa adicional. A melhor condição é a da BR-262, enquanto a MS-338 tem trechos de pavimento mais comprometidos.