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Policial

Garras detona explosivos apreendidos com bandidos que furtavam caixas

Na última ação da quadrilha, em agsoto, quando foram apreendidos os explosivos, a escopeta falhou e por isso o produto não chegou a explodir

Campo Grande News

17 de Outubro de 2012 - 15:40

Na manhã desta quarta-feira (17), policiais dos Garras (Delegacia Especializada de Repressão a Roubo a Banco, Assaltos e Sequestros) detonaram os explosivos apreendidos com a quadrilha especializada em assaltos a caixas eletrônicos na região do Bolsão. Com o extermínio do produto, o delegado responsável pelo caso, Alberto Rossi, conclui as investigações.

Para simular a ação dos bandidos, ocorrida em agosto deste ano, em Cassilândia, foi utilizado um caixa eletrônico de verdade, fornecido por uma agência bancária de Campo grande. A ação aconteceu na pedreira Santo Anofre, próximo ao Indubrasil, e mobilizou dez policiais civis, cinco peritos criminais e representantes do Serviço de Fiscalização de Produtos Controlados, do Exército.

No total, foram apreendidos 800 gramas de emulsão explosiva, composta por natrato de amônio e óleo combustível, de acordo com a perita criminal Camila Pauluzi Justino, responsável pela analise laboratorial do explosivo apreendido. Segundo ela, para a simulação o produto foi dividido em dois explosivos, cada um com 400 gramas.

Na última ação da quadrilha, em agsoto, quando foram apreendidos os explosivos, a escopeta falhou e por isso o produto não chegou a explodir. A ação de hoje foi feita também para provar a eficácia do explosivo, que deu certo. A força da explosão lançou pedaços do caixa eletrônico a mais ou menos 100 metros de distância.

De acordo com o delegado Rossi, o ambiente aberto diminuiu a força dos explosivos. "Se fosse em um local fechado, os gases não teriam para aonde ir e com certeza destruiria o teto da agência e todos os vidros", explica.

Porém, mesmo com todo o estrago provocado pelo explosivo, o delegado afirma que em casos como estes apenas parte do dinheiro depositado no caixa é perdido. "Dentro da máquina há uma caixa onde ficam as cédulas e as protegem", explica Rossi.

Segundo o chefe do Serviço de Fiscalização de Produtos Controlados, do Exército, major Wenceslau de Almeida Lopes, os explosivos apreendidos é proveniente de contrabando de países vizinhos, de furto ou roubo de empresas que trabalham com explosivos ou no deslocamento do produto para a empresa. O Serviço de Fiscalização do Exército tem o controle de todo o material explosivo comercializado no Brasil.

Caso- No dia início de outubro, policiais do Garras prenderam em Cuiabá Jorlan de Jesus Alves, de 20 anos, e Cleverson Paulo da Silva Magalhães, de 24 anos, conhecido por Quequel. Os dois comandavam a quadrilha que cometia assaltos a caixas eletrônicos na região do Bolsão.

A última ação deles foi em Cassilândia, quando tentaram explodir o caixa eletrônico de um posto de combustível. Na mesma ocasião, Fábio Luiz Silveira, 19 anos, e Thales Henrique Nascimento, 18 anos, foram baleados durante confronto com a polícia e morreram.

Também foram presos Ednaldo Rocha Alves, 51 anos, tio de Jorlan, e Edson Adão Nicoleti, 45 anos, vulgo Doidão, que participavam dos crimes em Mato Grosso do Sul dando suporte aos cuiabanos.

A quadrilha é acusada de cometer assaltos com explosivos em caixas eletrônicos em cidades do interior de Mato Grosso do Sul e São Paulo.