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Policial

Justiça mantém preso acusado de ter matado adolescente com tiro na cabeça

Ele é acusado de ter matado com um tiro na cabeça, Pâmela Silveira Saturnino, 17 anos.

Flávio Paes/Região News

30 de Março de 2021 - 08:45

Justiça mantém preso acusado de ter matado adolescente com tiro na cabeça
Juiz Cláudio Muller Pareja. Foto: Arquivo RN

O juiz Cláudio Muller Pareja, da Vara Criminal do Fórum de Sidrolândia, rejeitou o pedido de liberdade provisória, apresentado pelo advogado de defesa, David Olindo e manteve preso Emerson Rebello Ferreira. Ele é acusado de ter matado com um tiro na cabeça, Pâmela Silveira Saturnino, 17 anos.

A adolescente, que conforme os laudos da perícia estava grávida, foi assassinada na madrugada do último dia 14 de fevereiro, numa troca de tiros entre Emerson e o namorado dela, Marcos Henrique Sanches, também preso, por tentativa de homicídio. Na sentença, o juiz acolheu os argumentos do Ministério Público (favorável a manutenção da prisão preventiva de Emerson).

O magistrado demole a tese da defesa que a prisão foi decretada apenas com base no relato de uma testemunha ocular do crime que os estaria sendo ameaçada pelo acusado. "Com relação a isso, tanto existem os indícios suficientes de autoria que já foi oferecida denúncia contra o requerente, que também já foi recebida ", observa o juiz em sua decisão.

Pesou contra o acusado, o fato dele ser "reincidente na prática de crime doloso e não exerce nenhum tipo de ocupação licita", reforça o juiz na decisão. O Dr. Claúdio também não aceitou a alegação da defesa de que o suspeito estaria sendo ameaçado de morte por organizações criminosas em razão da profissão que o pai dele exercia (foi policial militar), mas se aposentou há 10 anos.

O juiz colocou em dúvida se de fato o suspeito foi alvo de ameaças, já que não fez nenhum boletim de ocorrência a respeito.  “Não é a primeira vez que a defesa faz menção de que o acusado estaria jurado de morte por organizações criminosas em razão da profissão que seu genitor exercia. Contudo, assim como nas outras ações penais, nunca fez prova do alegado, de sorte que não merece acolhida a tese arguida”.

Conclui sustentando que Emerson, caso de fato é ameaçado por organizações criminosas, estaria mais seguro preso que em liberdade. “Maior risco estaria ele correndo se estivesse solto, já que, como é amplamente conhecido, inclusive com processos em trâmite na Comarca de Sidrolândia, vários foram os casos de ordem de execução de pessoas que partira de dentro dos Presídios. Se tivesse havido alguma ameaça ou ato concreto, certamente a defesa lograria comprovar mediante cópia de boletins de ocorrência ou de processos em andamento, mas nada disso fez, o que demonstra a fragilidade do argumento”.