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Policial

Padrasto que abandonou criança na BR tem sete passagens, sendo uma por estupro

Campo Grande News

10 de Agosto de 2011 - 13:00

O padrasto, Sandro Moreira Cabreira, 37 anos, que abandonou o enteado de 9 anos na BR-163, saída para São Paulo, em Campo Grande, na madrugada de ontem (9) tem sete passagens pela Polícia, sendo cinco por violência doméstica.

Ele está preso por estupro, lesão corporal, violência doméstica e abandono de incapaz. De acordo com a Polícia Civil, a mãe do garoto, a serviços gerais Lindeureni da Vera Cruz Tecorari, 37 anos, registrou um boletim de ocorrência contra Sandro por estupro. Segundo a mulher, ele forçou uma relação sexual que ela não queria.

Conforme a delegada da DPCA (Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente), Regina Mota, a mãe já foi liberada e por enquanto não será indiciada pelo abandono.

Ontem no prédio da delegacia, com cigarro na boca, óculos escuros e mascando chiclete, Sandro, que trabalha em uma empresa de erva-mate em Pedro Juan Caballero, Paraguai, negou agressão ao enteado e também disse que não o deixou na BR.

Na versão dele, Lindeureni que bateu no filho. Já a mãe contou que foi induzida pelo marido a fazer o que ela chamou de surra. “Foi uma surra de cinta. Sandro falava que o menino estava endemonioado”, justifica a trabalhadora.

A mãe relatou que Sandro dizia que a criança estava indo mal na escola e o ameaçou de morte por isso. Devido à situação, abandonou o filho na via. “Alguém ia morrer”. “Eu o abandonei porque sabia que ele seria achado. Ele é muito inteligente”.

No último domingo (7), Lindeureni apanhou de Sandro. Ele foi indiciado por lesão corporal dolosa por ter espancado mãe e filho.

Abandono - O garoto foi encontrado por volta das 2 horas de ontem (9) caminhando sozinho, com diversas lesões pelo corpo. Um rapaz de 21 anos seguia pela rodovia em seu veículo em direção à sua casa, na Chácara das Mansões, quando observou que um caminhão fez uma manobra brusca e desviou de algo na pista.

O jovem, que preferiu não se identificar, declarou que pensou que fosse algum animal, mas verificou que se tratava de uma criança e cerca de 100 metros depois retornou, na contramão, de encontro ao menino.

Segundo o rapaz, o garoto estava desesperado, lesionado e com hematomas no rosto. Diante da situação, levou a criança para sua casa e esta contou que o padrasto havia lhe batido porque tinha deixado seus brinquedos no chão.

Falou ainda que depois das agressões, o padrasto disse que o levaria para comer seu último cachorro-quente. O menino comeu, por volta da 1 hora, e depois, segundo ele, foi deixado na rodovia.

Quando a criança dormiu, o jovem procurou a PRF (Polícia Rodoviária Federal) e foi orientado a ir à Depca.