Polícia ouve pais acusados de estuprarem a filha de 5 anos e eles negaram o abuso

Os pais acusados de estuprarem a filha de 5 anos foram ouvidos pela Polícia Civil, negaram as acusações e foram liberados. A denúncia foi levada à Polícia pelo Conselho Tutelar acionado para comparecer à escola onde a menina estuda.

Segundo a delegada responsável pela investigação, Cynthia Gomes, os pais, não entraram em contradição. “Inclusive, o pai chorou muito durante o depoimento”, relatou a delegada.

Além do estupro, estamos também com outra linha de investigação. A gente acha que essa criança fantasiou alguma coisa, porque no depoimento que ela fez junto a nossa psicóloga esses traços ficaram nítidos de que ela estava fantasiando muita coisa. Não necessariamente tudo que ela disse foi fantasioso, mas continha muita fantasia no depoimento dela”, disse Cynthia.

A delegada disse que está linha de investigação foi considerada porque a menina dormia junto com os pais e pode ter visto alguma prática sexual do casal ou, por ela ter muito acesso à internet sem o controle dos pais, estava tendo acesso a conteúdos adultos, não necessariamente sexuais, mas conteúdos incompatíveis com a idade dela.

Cynthia revelou que a menina demonstrou conhecimento de termos e de atos sexuais de forma bem antecipada, considerando que ela tem só 5 anos. “Foi feito exame nela e não se confirmou a conjunção carnal”, contou a delegada. O inquérito ainda não foi concluído e outras testemunhas serão ouvidas.

O caso - Para a conselheira tutelar, a menina contou que todas as noites era obrigada a vestir uma lingerie, calcinha e sutiã da mãe, e era maquiada. Na sequência, presenciava os pais manterem relação sexual, além de fazerem uma "dancinha" para ela olhar. O pai também a estuprava, conforme o relato. Ao contar sobre o crime, a menina ainda afirmou que a mãe não gosta dela e que não "aguentava mais".

A criança chegou a filmar os pais "namorando" e mostrou para o avô paterno, que ficou "muito bravo" e afirmou que não se considerava mais pai do suspeito. Ela contou ainda que, quando viajavam, a mãe a escondia dentro do banco do carro quando via a polícia. Ao Conselho Tutelar, a criança relatou que estava "muito triste" e não havia se alimentado ontem, pois o pai jogou todas as bonecas dela fora. A criança foi acolhida.