Política
Com apenas dois aliados, Daltro vai precisar de mais 7 votos para derrubar rejeição de contas
Teoricamente, Daltro só dispõe de dois votos seguros, o da vereadora Rosangela Rodrigues, sua cunhada e do 1º secretário Nélio Paim (PR).
Flávio Paes/Região News
11 de Abril de 2016 - 13:53
O ex-prefeito Daltro Fiúza (PMDB), que de tão confiante do seu favoritismo apontado por pesquisas de intenção informais, não vinha mostrando interesse em atrair partidos para um eventual palanque, além de sinalizar para uma chapa pura do PMDB, com a decisão final do Tribunal de Contas (sem margem de recurso) de recomendar a rejeição das contas da sua gestão referente a 2008, terá dificuldades para conseguir os 9 votos necessários para reverter a decisão na Câmara e com isto, não ficar impedido de ser candidato com base na Lei da Ficha Limpa.
Teoricamente, Daltro só dispõe de dois votos seguros, o da vereadora Rosangela Rodrigues, sua cunhada e do 1º secretário Nélio Paim (PR), que está descontente com o ex-prefeito por ele não ter se mostrado receptivo ao seu desejo (de Nelinho) de ser o candidato à vice. Para obter os sete votos que faltam para atingir o quórum necessário para derrubar o parecer do TCE/MS, o ex-prefeito terá de isolar o PSDB, detentor de uma bancada de quatro vereadores e garantir o apoio do PSB (2 vereadores), PDT (quatro vereadores) e do vereador Cledinaldo Cotócio, do PROS, partido que em Sidrolândia tem o ex-prefeito Enelvo Felini como uma espécie de tutor.
O PSB tem como principal liderança no âmbito municipal, o diretor geral do Detran, Gerson Claro, muito próximo ao governador Reinaldo Azambuja (PSDB) e da presidente regional da legenda, deputada federal Tereza Cristina, amiga pessoal do prefeito Ari Basso (PSDB). O PDT é hoje um partido muito próximo do prefeito, teoricamente o principal beneficiário de uma eventual inelegibilidade de Daltro.
O presidente da Câmara, David Olindo (PDT), que pretende colocar o parecer em votação até o final de maio, cumpre hoje papel estratégico na base do Governo no Legislativo. Procurado insistentemente pela reportagem do Região News o ex-prefeito não retornou as ligações. Entretanto lideranças políticas que gravitam em torno dele tentam demonstrar otimismo e sustentam a possibilidade de reverter à decisão do Tribunal de Contas no Judiciário.
Um dos argumentos é de que não há dolo (responsabilidade direta do ex-prefeito) nas irregularidades apontadas pelo TCE/MS que serviram de base para o parecer recomendando a rejeição das contas de 2008.




