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Política

David se diz frustrado com reforma do secretariado e crítica briga de partidos por cargos no Governo

Até agora foram nomeados os secretários de Desenvolvimento Rural, Gilmar Antunes (PSB) e o de Infraestrutura, Alcione Martins (PROS).

Flávio Paes/Região News

19 de Abril de 2016 - 12:18

Em pronunciamento na sessão ordinária de ontem, segunda-feira (19) o presidente da Câmara, David Olindo (PDT), revelou-se frustrado com o perfil dos novos integrantes do primeiro escalão da Prefeitura que estão emergindo da reforma que o prefeito Ari Basso (PSDB) está promovendo no seu secretariado, depois dos integrantes anteriores, deixarem os cargos para disputar a eleição municipal.

David não poupou nem seus colegas vereadores do PSB e PSDB, que há duas semanas estão travando uma quebra de braço pelo direto de escolher a nova secretária de Assistência Social. “É uma briga para trocar um incompetente por outro, quando teria de se levar em conta se o escolhido tem perfil para o cargo, não seja um mero cumpridor de expediente, como é a maioria dos secretários”, disparou David. 

Até agora foram nomeados os secretários de Desenvolvimento Rural, Gilmar Antunes (PSB) e o de Infraestrutura, Alcione Martins (PROS). Na avaliação do presidente da Câmara, sua expectativa era de que o prefeito aproveitasse esta reforma do secretariado para “indicar uma equipe que tivesse suas digitais”, ouvindo sim os partidos aliados, mas sem aceitar que indicassem este ou aquele nome, independente das qualificações dos escolhidos.  

“Eu faria diferente. Estabeleceria um perfil de secretário. Só aceitaria a indicação dos partidos se eles tivessem nomes que se ajustassem ao perfil exigido para função”, afirma. David Olindo não poupou de críticas à atuação dos secretários que deixaram os cargos (Cezar Queiroz, de Desenvolvimento Rural, Joana Michalski, de Assistência e da Juventude Esporte e Lazer, Clayton Ortega).

Ouça o pronunciamento na íntegra

“Nestes dois anos e meio, o que fez a Secretaria de Desenvolvimento Rural? O maior feito foi ter perdido o departamento de licenciamento ambiental. Gastar recursos públicos com gasolina e passagens para viajar. A feira só foi implantada graças ao trabalhado da vereadora Vilma. O Ortega, que era do Esporte, não tinha competência para conseguir a doação de uma bola”, dispara.

O presidente da Câmara foi ainda mais ácido com a ex-secretária de Assistência Social, Joana Michalski, (“em quem só a vereadora Rosangela percebe competência”), quem segundo ele, não tem nenhum autoridade para impor a indicação da sucessora no cargo. Para Olindo, diante da constatação que em Sidrolândia 1.125 crianças eram obrigadas a trabalhar, a única providência de Joana foi gastar R$ 30 mil para fazer cata-ventos distribuídos num ato público para denunciar o trabalho infantil.

“Não conheço projeto social desenvolvido em favor da criança. Hoje esta função é cumprida pelo Judiciário. A ex-secretária levou um ano e meio para publicar um diagnóstico sobre a situação da criança e do adolescente na cidade. Não vem nenhum projeto ou iniciativa da Secretaria para mudar esta situação. O dinheiro do Santander  ficou quase dois anos parado no Fundo Municipal da Criança e do Adolescente”, conclui.