De olho na sucessão de 2020, aliados disputam ser vice de Daltro

A 100 dias (de 20 de julho a 5 de agosto) das convenções que homologarão coligações e candidaturas, há um racha entre aliados do ex-prefeito Daltro Fiúza, interessados em compor a chapa majoritária como candidato a vice-prefeito. O grande atrativo da função, que não oferece grandes prerrogativas de poder, é  um salário atraente, de R$ 15 mil por 4 anos, melhor por exemplo que o de vereador, R$ 10 mil a partir de 2017 e o de secretário, R$ 12 mil. Sem contar, que com o fim da reeleição, ser vice-prefeito pode ser um trampolim para disputar a prefeitura na eleição de 2020.

O ex-prefeito, confiante no seu favoritismo apontado pelas pesquisas contratadas por seu partido, estaria propenso a formar chapa pura, indicando como você o empresário Acelino Cristaldo, que foi candidato a prefeito na última eleição.

Ademir Osiro, que foi coordenador das campanhas de Acelino (a de 2012 e a suplementar de 2013), acha que o empresário não agrega nada eleitoralmente a Daltro. "Quem votou no Acelino vai votar no Daltro”, acredita. Osiro nega pretensão de ser candidato a vereador. “Se não for candidato à vice, fico em casa”. Ademir já foi vereador, o mais votado na eleição de 1994 (634 votos) presidente da  Câmara, candidato a prefeito contra o próprio Daltro em 2004  quando obteve mais de 45% dos votos. Dirigiu a Agência Estadual de Metrologia e a Junta Comercial, esta última função, na gestão André Puccinelli.

Ligado politicamente ao ex-prefeito Nelson Trad, foi encarregado por ele de estruturar o PTB em Sidrolândia. Quem também pleiteia a vaga de vice na chapa de Daltro, é o vereador Nélio Paim, do PR, que anunciou não ter interesse em disputar a reeleição.

Sob alegação de que não ter sido convidado, Nelinho foi uma das ausências notadas no evento político que o ex-prefeito promoveu na última quinta-feira. Também não compareceram dois aliados históricos do ex-prefeito, os sogros de Nelinho, Valquirio Rossato e a ex-secretária Municipal de Saúde Tânia Rossato. O fato de o vereador ter sido, junto à vereadora Rosangela Rodrigues, os únicos a permanecer ao longo de todo o mandato na oposição ao Governo, é o principal argumento para credenciá-lo para o posto de candidato a vice.

Daltro prefere transferir para as vésperas da convenção a escolha do vice. Ele garante que vai consultar os aliados antes de qualquer definição.