Política
Delcídio demite assessores, faz exames em SP e cogita voltar a morar em MS
A cassação do seu mandato provocou, quase que instantaneamente, um desmanche em sua equipe e colocou uma "pedra" em qualquer pretensão futura.
Campo Grande News
13 de Maio de 2016 - 16:53
Cassado pelo Senado na última terça-feira (10), após um processo por quebra de decoro, Delcídio do Amaral (sem partido), fechou o seu escritório político em Campo Grande e demitiu todos os funcionários. Em São Paulo, onde se recupera de uma cirurgia na vesícula, o ex-parlamentar confidencial à pessoas próximas que tem vontade de voltar a morar em Mato Grosso do Sul.
Ao deixar reunião do Conselho de Ética, um dia antes de ser cassado, Delcídio reclamou da situação de suas filhas que estariam sendo alvos de chacotas e agressões o que impossibilitaria sua volta para a Capital sul-mato-grossense. Na ocasião, o ex-senador afirmou que essa situação, entre outras, motivaram a família mudar para Santa Catarina, onde ele possui imóvel. Entretanto, sul-mato-grossense nato, Delcídio tem tido, constantemente, que deve voltar sim a morar em Campo Grande.
A cassação do seu mandato provocou, quase que instantaneamente, um desmanche em sua equipe e colocou uma 'pedra' em qualquer pretensão futura. Logo após a publicação no Diário Oficial da União oficializando a perda de mandato, na quarta-feira (11), todos os funcionários de Delcídio foram comunicados de suas respectivas demissões, que devem ocorrer até a próxima terça-feira (17).
O escritório o parlamentar, transferido para a Rua Maranhão, no Jardim dos Estados, em Campo Grande, está fechado já há alguns dias. A informação da assessoria de imprensa é de que seis funcionários ainda trabalhavam no escritório.
O mandato de Delcidio se encerraria em 2018. Com a decisão do Senado, ele fica inelegível por oito anos a partir do fim do mandato, ou seja, não poderá concorrer a cargos eletivos nos próximos 11 anos.
Ex-líder do governo no Senado, Delcídio foi preso pela PF (Polícia Federal), em novembro do ano passado, por tentar obstruir as investigações da Operação Lava Jato ao oferecer R$ 50 mil mensais à família de Nestor Cerveró para tentar convencer o ex-diretor da Petrobras a não fechar um acordo de delação premiada com o MPF (Ministério Público Federal).
Delcídio se tornou o primeiro senador preso durante o exercício do mandato. Ele foi solto em fevereiro após fechar um acordo de delação premiada com a Procuradoria Geral da República. Ele ficou 87 dias na cadeia.
Cumprindo prisão domiciliar, Delcídio está privado do convívio social, como frequentar, bares, restaurantes e shoppings, por exemplo, conforme os termos da delação premiada. O parlamentar cassado ainda só pode viajar "livremente" para os estados de Mato Grosso do Sul, Santa Catarina e São Paulo.




