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Política

Empresário aposta no anseio popular por mudança para viabilizar candidatura a prefeito

Na avaliação de Moacyr, a Lava Jato fortaleceu na sociedade o desejo de uma política que não tolere praticas como á compra de votos, desvio de recursos públicos

Flávio Paes/Região News

14 de Abril de 2016 - 17:03

Há 20 anos estabelecido em Sidrolândia. Primeiro com um posto de gasolina e depois na área do transporte, o empresário Moacyr Almeida, que é dono da Viação Vacaria, hoje filiado no PDT, sempre teve um pé na política. Ele mostra disposição de ser candidato a prefeito, projeto que ensaiou mais de uma vez, pretensão que acabou esbarrando nas ingerências de lideranças tradicionais que há 30 anos monopolizam e se alternam no poder na cidade.   

Moacyr esteve no PSDB, de onde saiu quando Enelvo Felini entrou na sigla tucana. Foi do PT, convidado para ser candidato a prefeito em 2008, mais o projeto foi atropelado pela intervenção do deputado federal Vander Loubet, que encaminhou a legenda para uma aliança na reeleição de Daltro Fiúza (PMDB). Havia o compromisso do PT indicar o candidato à vice.

Como nunca teve uma proximidade com Daltro, o ex-prefeito acertou com o partido a indicação de Roberto Navarro, o Roberto da Farmácia. Na última hora, para atrair o PDT, deu a vice ao pastor Ilson Fernandes, garantindo ao partido a eleição de um vereador e três secretarias. “Acredito que dei minha contribuição para o PT ter reconhecido sua força, com participação ampla no Governo”.

Pelas mãos do vereador Jurandir Cândido, em 2012, entrou no PMDB, no mesmo ato da filiação do empresário Acelino Cristaldo, posteriormente escolhido a candidato prefeito. Neste ano filiou-se ao PDT, a convite do vereador David Olindo, disposto a entrar na disputa pela prefeitura, “se este for o desejo do partido” revela o empresário animado com a perspectiva de surgir  no País “sem os vícios de sempre”, uma nova política.

Ele acredita no desdobramento das investigações conduzidas pelo juiz Sérgio Moro dentro da Operação Lava Jato, que levou para a cadeia dezenas de empresários, políticos, rompendo com a tradição de impunidade que sempre blindou estes segmentos sociais. “Acho que será possível fazer política com o meio jeitão”, avalia.

Na avaliação de Moacyr, a Lava Jato fortaleceu na sociedade o desejo de uma política que não tolere praticas como á compra de votos, desvio de recursos públicos. É exatamente este sentimento de mudança que ele acredita ter chegado a Sidrolândia, sua aposta para a viabilidade eleitoral de sua candidatura, rompendo com a tradição de disputa polarizada.

“Acho que agora encontrei meu lugar. O PDT é um partido que não tem dono, nem cacique. As decisões são tomadas de forma coletiva”. Se candidato, Moacyr garante que não vai fazer promessas eleitoreiras que não vá cumprir e se eleito, pretende implementar na Prefeitura, estratégia de gestão, com uma equipe técnica focada na cobrança de resultados.

“O prefeito tem que levantar a bunda da cadeira e visitar os postos de saúde, as escolas, ver as condições das estradas. Se reunir semanalmente com os secretários, fixar metas e cobrar resultados. Além da questão política, é necessário de definir a equipe a partir de critérios técnicos. Austeridade absoluta nos gastos públicos. Teremos uma campanha curta, de 45 dias, com regras mais duras de financiamento, com os gastos limitados a R$ 350 mil, para os candidatos a prefeito”, finaliza.