Política
Prefeito denuncia boicote a Festa do Peixe e acusa PSDB de travar recursos para Paranhos
Ao falar no encerramento de mais uma edição do Pesque Fest, o prefeito em tom de desabafo se queixou do autêntico cerco que sua gestão está sofrendo.
Flavio Paes/Região News
30 de Março de 2016 - 09:27
Lideranças políticas do PSDB de Paranhos estão radicalizando na oposição à administração do prefeito Júlio Cesar da Silva (PDT), mesmo após ele ter anunciado que não pretende disputar a reeleição.
O vereador Romaldo Zonatto Madi, ex-presidente da Câmara, chegou ao ponto de orientar o deputado Lídio Lopes, a não destinar uma emenda de R$ 20 mil para a cidade, na tentativa de inviabilizar a compra de uma UTI móvel necessária para o transporte de pacientes em estado grave para hospitais de referencia da região.
A situação foi contornada porque a deputada Mara Caseiro destinou R$ 100 mil, os deputados Marquinhos Trad e Felipe Orro e Graziele Machado asseguraram outros R$ 60 mil (R$ 20 mil cada), e a Prefeitura complementou o valor com mais R$ 26 mil de recursos próprios somando os R$ 186 mil necessários para comprar e equipar a ambulância. Para Júlio Cesar a população precisa cobrar do ex-prefeito Dirceu Bettoni, representante regional do Governo do Estado, para que se empenhe para garantir a Paranhos o mesmo tratamento dispensado ao município vizinho de Sete Quedas, onde a Prefeitura foi contemplada com R$ 1,2 milhão para investir em obras de infraestrutura na cidade.
Ao falar no encerramento de mais uma edição do Pesque Fest, o prefeito em tom de desabafo se queixou do autêntico cerco que sua gestão está sofrendo, traduzido com a obstrução de liberação de recursos para a cidade, abrangendo também o boicote a realização do evento que se tornou uma tradição na cidade. Nenhum dos cinco vereadores tucanos subiu no palanque de autoridades, apesar de estarem presentes no evento e tenham sido convidados individualmente. Mesmo assim, a população compareceu em massa, numa evidência de que apoia a iniciativa.
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O prefeito se queixa que nem a Igreja Católica escapou das pressões, ao ponto do padre Oswaldo de Sir, da paróquia local, não ter comparecido para dar a benção provavelmente, intimidado pelas mensagens ameaçadoras que recebeu pelo whatsapp alertando para o risco de perder apoio de produtores rurais ligados ao PSDB para as suas ações na cidade, caso fosse participar do Festival do Peixe, encerrado justamente no Domingo de Páscoa, uma das datas mais significativas do catolicismo.
Júlio lembrou que alguns vereadores da oposição tentaram desgastá-lo junto à opinião pública espalhando a informação de que a festa do peixe custaria mais de R$ 300 mil aos cofres públicos, quando na verdade, esta é a dotação orçamentária anual de todos os eventos culturais e de lazer programados para 2016. Graças ao empenho do secretário Thiago, conseguimos fazer a festa gastando pouco, contando com a ajuda de parcerias, desabafa o prefeito ao classificar de mentirosa e leviana as informações propagadas.




