Servidores cobram do prefeito reajuste e definição do novo plano de cargos

Com o fim do mês da data-base da categoria se aproximando (1º de maio), cresce a insatisfação entre os 1.250 servidores efetivos da Prefeitura de Sidrolândia. A expectativa era de que, até o fim de abril, fosse aprovado o novo Plano de Cargos e Salários, garantindo melhorias já no salário deste mês. No entanto, o Executivo ainda não concluiu a proposta final do plano, tampouco apresentou o impacto financeiro necessário para envio à Câmara Municipal.

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Segundo apurado pela reportagem do REGIAONEWS, o projeto de reformulação ainda não está finalizado, e a previsão mais recente é que ele só seja encaminhado ao Legislativo no mês de junho. Isso inviabiliza qualquer reajuste com efeito retroativo à data-base da categoria, que ocorre no mês de maio.

O presidente do Sindicato dos Servidores Municipais, Wilber Soares, afirma que o prefeito Rodrigo Basso havia assumido o compromisso de que nenhum servidor teria salário base inferior ao mínimo nacional. Atualmente, cerca de 340 servidores ganham até R$ 1.240,00, sendo necessário complementar o valor para atingir os R$ 1.520,00 do salário mínimo.

Com a reformulação prometida pelo Executivo, o menor vencimento passaria a ser em torno de R$ 1.750,00. Já o reajuste anual, de aproximadamente 5,48%, seria aplicado em junho ou julho, tendo como base esse novo piso salarial.

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Pressão orçamentária

A margem para reajustes é apertada. Os gastos com pessoal da Prefeitura já ultrapassam 51% da receita líquida. De janeiro a abril deste ano, foram consumidos R$ 49,3 milhões com a folha, frente aos R$ 30,1 milhões registrados no mesmo período de 2024. Um dos destaques é o aumento de 21,34% na folha de comissionados, que saltou de R$ 10 milhões para R$ 12,1 milhões – um acréscimo de R$ 2,1 milhões.

Wilber Soares também critica a concessão de gratificações e produtividade sem critérios uniformes entre as secretarias. “Tem casos na Secretaria de Infraestrutura em que servidores desempenham a mesma função, mas recebem salários diferentes. Isso acontece principalmente com quem vai para o trecho. É desmotivador. Muitos estão pedindo afastamento dos cargos de chefia”, afirma o sindicalista.

Desistência de cargos de chefia

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Um exemplo dessa insatisfação veio à tona nesta quinta-feira (15), quando a servidora Fabiana Rocha anunciou publicamente sua saída do cargo de coordenação da manutenção da Praça Triângulo. Em seu desabafo, ela expressou frustração com a atual gestão.

“Essa gestão não está fácil. Falta valorização dos que realmente trabalham. O que foi prometido, não está sendo cumprido”, disse Fabiana. Enquanto isso, os servidores aguardam definição do prefeito Rodrigo Basso e cobram celeridade no envio do novo plano à Câmara, que só tem mais duas sessões ordinárias neste mês de maio. Sem avanço, o reajuste poderá ser mais uma promessa adiada.