Policial
Homem morre depois de ser espancado por irmãos na casa da amante
De acordo com o delegado que investiga o caso, João Reis Belo, da 5ª Delegacia de Polícia da Capital, testemunhas relataram que Antônio chegou na casa de A
Correio do Estado
23 de Fevereiro de 2015 - 13:00
Antônio Celso Cestari Amorin, de 45 anos, morreu depois de ser espancado por irmãos na casa de sua amante A.A.R., de 37 anos. O crime aconteceu na madrugada deste domingo (22), em uma residência na Rua Campo Nobre, no Bairro Campo Nobre, em Campo Grande.
De acordo com o delegado que investiga o caso, João Reis Belo, da 5ª Delegacia de Polícia da Capital, testemunhas relataram que Antônio chegou na casa de A. por volta das 21h40min de sábado (21). Ele cumprimentou a mulher, a filha dela de 14 anos e os amigos da adolescentes, os irmãos Eldeson Silvio do Carmo, 23 anos, e Caique Goes do Carmo, 18 anos. Em seguida, o homem saiu.
Tempos depois, Antônio voltou, passou pelos irmãos e a adolescente, que tomavam tereré na varanda e entrou na casa, onde, por motivo fútil, segundo o delegado João Reis, passou a agredir a mulher.
Há indícios de que ele teria ingerido bebida alcoólica e não se sabe o que provocou a irritação, comentou a autoridade policial.
Em razão da agressão, a adolescente correu para ajudar a mãe, mas também foi agredida por Antônio, que a jogou no chão e pisou em cima dela. Os rapazes então interviram na situação.
Agressões
Os irmãos amarraram Antônio pelos pulsos, pelas pernas e passaram a desferir socos. Quando perceberam que a vítima estava bastante machucada acionaram o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), mas decidiram não esperar e a levaram para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Universitário, onde ela morreu.
Depois de deixar Antônio na unidade de saúde, Eldeson e Caique foram até a Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário (Depac) Piratininga para informar a agressão sofrida pela mulher. No entanto, o delegado de plantão, Alberto Luiz Carneiro da Cunha de Miranda, analisou a situação e ao checar o estado de saúde de Antônio descobriu que ele havia morrido.
Os irmãos então foram presos em flagrante. Houve um excesso na legítima defesa de terceiro. Eles bateram demais e excederam. A intenção não era matar a vítima, mas como ela morreu eles responderão pelo crime de lesão corporal seguida de morte, com reclusão de 4 a 12 anos, explicou o delegado João Reis.
Conforme a autoridade policial, Antônio estava com o rosto machucado, os pulsos cortados pelas amarras e os joelhos feridos por volta da briga.
Agora vou esperar o resultado do laudo, analisar a conveniência de ouvir uma ou outra testemunha e relatar, em 10 dias, o inquérito policial para o Ministério Público oferecer ou não a denúncia, explicou o responsável pelas investigações.




