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Policial

Mãe de pedreiro morto por agente será assistente de acusação

O magistrado também permitiu a habilitação da mãe da vítima como assistente de acusação.

Correio do Estado

16 de Novembro de 2017 - 17:29

A Justiça Estadual agendou para às 14h20 do dia 5 de fevereiro de 2018 a primeira audiência sobre a morte de Adílson Silva Ferreira dos Santos, 23 anos, assassinado pelo agente penitenciário Joseilton de Souza Cardoso, 34 anos, durante show no estacionamento do Shopping Bosque dos Ipês, em Campo Grande.

Em despacho publicado no dia 10 deste mês, o juiz Carlos Alberto Garcete de Almeida, da 1ª Vara do Tribunal do Júri, aceitou a denúncia de homicídio doloso, feita pelo Ministério Público Estadual e deu início a ação penal.

O magistrado também permitiu a habilitação da mãe da vítima como assistente de acusação.

Nesta primeira audiência de instrução e julgamento, serão ouvidas pelo juiz e promotor nove testemunhas, todas de acusação.

Entre elas, um primo que estava com Adílson no dia do crime, além de pessoas que viram o comportamento do autor e vítimas antes do disparo.

O CASO

Adilson dos Santos foi morto por tiro disparado pelo agente penitenciário federal na madrugada do dia 24 de setembro. Testemunhas mencionaram que a discussão entre os dois começou porque um queria ir no banheiro na frente do outro.

Depois de bate-boca, na versão de Joseilton, Adilson o teria agredido. Para revidar, ele sacou a arma e disparou contra a vítima. O tiro acertou o peito do rapaz. A polícia ouviu pelo menos 18 testemunhas do caso, a maioria também confirma esta versão.

"Juntando laudos e as provas coletadas, tudo indica que o agente penitenciário federal estava na fila do banheiro e a vítima chegou e tentou furar a fila, o agente reclamou, e quando estava subindo as escadas do camarote, foi puxado pela vítima. Ele caiu no chão e passou a ser agredido, quando sacou a arma e atirou", concluiu o delegado responsável pelo caso, Paulo Henrique Sá, da terceira delegacia de Polícia Civil. 

Mesmo com a alegação de legítima defesa, Joseilton responde por homicídio doloso - quando há intenção de matar. Ele foi preso em flagrante e chegou a ter a prisão preventiva decretada, mas aguarda julgamento em liberdade desde o dia 10 de outubro.