Policial
Professor é citado pela morte de Kauan e julgamento pode sair este ano
Mesmo sem a presença do corpo, a justiça pautou a denúncia no depoimento de quatro adolescentes que participaram do crime, colhidos pela Polícia Civil.
Correio do Estado
26 de Outubro de 2017 - 16:47
A 7ª Vara Criminal Especializada de Campo Grande citou o professor Deivid de Almeida Lopes, de 38 anos, pelo estupro, morte e esquartejamento do menino Kauan Andrade Soares dos Santos, de 9 anos, desaparecido desde o dia 25 de junho.
Mesmo sem a presença do corpo, a justiça pautou a denúncia no depoimento de quatro adolescentes que participaram do crime, colhidos pela Polícia Civil. De acordo com a 69ª Promotoria de Justiça do Ministério Público Estadual, resta ao juiz responsável pelo caso marcar audiência de oitiva das vítimas, testemunhas e o interrogatório do réu. A hipótese é de que Deivid seja julgado ainda este ano.
O professor responde por estupro de vulnerável (três vezes), estupro com morte, exploração sexual de menores (por seis vezes), vilipêndio de cadáver (pois a vítima teria sido esquartejada), ocultação de cadáver, possuir material pornográfico que contenha cena de sexo explícito envolvendo crianças ou adolescentes, e perturbação da tranquilidade. Deivid encontra-se preso e nega autoria dos fatos.
O Instituto de Análises Laboratoriais Forenses (Ialf) examina vestígios de sangue encontrados no carro e na casa do autor, para confirmar se, como a polícia suspeita, sejam da vítima. O corpo nunca foi encontrado.
O CASO
Conforme investigado pela Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente (Depca), Kauan foi visto pela última vez no dia 25 de junho, quando saiu de casa para cuidar de carros durante a noite, na Coophavilla. Lá, foi convidado por um adolescente de 14 anos para ir à casa do professor, que fica na Rua da Praia, Coophavilla II, pois eles costumavam manter relações sexuais com o homem, em troca de pequenas quantias em dinheiro, assim como outros menores que frequentavam o local.
Durante o ato, Kauan morreu por asfixia, já que começou a sentir dores teve a boca tapada para não gritar. Outros adolescentes que chegaram em seguida e viram o corpo foram obrigados a violentá-lo. O autor então esquartejou o menino e supostamente jogou o corpo no Rio Anhanduí, no Aero Rancho, sendo preso cerca de um mês depois. Os menores envolvidos foram apreendidos. A Polícia Civil e o Corpo de Bombeiros realizaram diversas buscas pela região, mas não encontraram nenhum vestígio.




