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Política

André procura Pollon de olho em uma possível aliança na Capital e no interior

O ex-governador, que é do MDB, reuniu-se com o deputado federal do PL para tratar das próximas eleições municipais.

Correio do Estado

28 de Junho de 2023 - 09:15

André procura Pollon de olho em uma possível aliança na Capital e no interior
O ex-governador André Puccinelli e o deputado federal Marcos Pollon - Montagem.

As articulações do ex-governador André Puccinelli (MDB) para consolidar uma provável candidatura à Prefeitura de Campo Grande nas eleições municipais do próximo ano não param. Na segunda-feira, ele convidou o deputado federal Marcos Pollon (PL), que vai assumir a presidência da executiva do partido em Mato Grosso do Sul e também é pré-candidato a prefeito da Capital, para uma reunião política.

Ao Correio do Estado, André Puccinelli disse que foi “um bate-papo produtivo” com o parlamentar, que passou a ser o principal representante do ex-presidente da República Jair Bolsonaro (PL) em Mato Grosso do Sul, de quem recebeu o aval para disputar a Prefeitura de Campo Grande em 2024. O ex-governador revelou à reportagem que não foi somente sobre as eleições municipais na Capital que ambos conversaram, mas também sobre as cidades do interior do Estado.

“Vamos estabelecer algumas parcerias em municípios de Mato Grosso do Sul”, declarou André Puccinelli.
Segundo apurou o Correio do Estado, o encontro entre o ex-governador e o deputado federal do PL foi uma articulação que partiu de André Puccinelli e não envolveu os demais integrantes da executiva estadual do MDB em Mato Grosso do Sul.

No entanto, conforme interlocutores ouvidos pela reportagem, desde a campanha para governador nas eleições gerais do ano passado, Puccinelli e Pollon ficaram muito próximos. “Os dois já tinham essa ligação, pois o ex-governador não escondeu de ninguém que fez campanha para que Jair Bolsonaro fosse reeleito presidente da República”, revelou um dos interlocutores próximos a André Puccinelli.

INSTITUCIONAL

Procurado pelo Correio do Estado, Marcos Pollon disse que recebeu o convite para a reunião do ex-governador, presidente de honra do MDB de Mato Grosso do Sul.

“A princípio, o PL não tem pretensão de fazer uma aliança com o MDB no Estado, pois já temos o nosso grupo, que é o do ex-presidente Jair Bolsonaro. Porém, ainda é cedo para bater o martelo sobre algo tão complexo”, declarou o parlamentar.

Ele reforçou que, como dirigente partidário do PL, tem o compromisso institucional de manter reuniões e encontros com vários dirigentes de inúmeros partidos, porém, seu foco, por determinação de Bolsonaro e do presidente nacional da sigla, Valdemar Costa Neto, é a unificação da direita no Estado para as eleições municipais do próximo ano.

Marcos Pollon revelou que André Puccinelli lhe perguntou se ainda estava de pé a sua candidatura a prefeito da Capital, e a resposta foi positiva. “Disse ao ex-governador que hoje eu sou o pré-candidato a prefeito de Campo Grande pelo PL, mas que essa possibilidade ainda está em construção”, argumentou.

Questionado sobre a viabilidade de uma provável aliança com o MDB de Puccinelli caso um dos dois não avance para um possível segundo turno das eleições, o deputado federal desconversou. “Não dá para pensar tão longe assim”, afirmou.

PSDB

Uma provável aliança do MDB com o PL pode afetar a aproximação do partido do ex-governador com o PSDB, porém, como as lideranças emedebistas e tucanas já disseram por mais de uma vez, os dois partidos, no momento, têm candidatos próprios para disputar a Prefeitura de Campo Grande.

Enquanto o MDB tem André Puccinelli, o PSDB não abre mão de lançar o deputado federal Beto Pereira, porém, ambos também já disseram que, na eventualidade de um dos dois não ir para o segundo turno na Capital, o que ficasse de fora apoiaria a candidatura do outro.

Agora, com essa aproximação de Puccinelli e Pollon, a futura aliança pode precisar ser alinhavada novamente, já incluindo novos nomes, novas diretrizes e novos rumos. No entanto, como todos os pré-candidatos à Prefeitura de Campo Grande gostam de reforçar, tanto da direita quanto da esquerda e do centro, ainda é cedo para qualquer decisão definitiva.