Política
Crachás são distribuídos por PM para julgamento de Bernal em MS
O julgamento do político está marcado para às 14 horas (horário de Mato Grosso do Sul), no plenário da Câmara Municipal.
G1 MS
12 de Março de 2014 - 10:00
A Polícia Militar iniciou por volta das 9 horas desta quarta-feira (12) a distribuição de crachás para que as pessoas que estão acampadas em frente à Câmara Municipal de Campo Grande desde a noite desta terça-feira (11), possam acompanhar a sessão de julgamento do prefeito Alcides Bernal, que pode ter o mandato cassado em razão de uma recomendação da Comissão Processante do legislativo municipal.
O julgamento do político está marcado para às 14 horas (horário de Mato Grosso do Sul), no plenário da Câmara Municipal. Segundo a PM, os crachás estão sendo distribuídos com base em ordem de chegada ao local, estabelecida por meio de uma lista de presença que começou a ser preenchida ainda na noite desta terça-feira.
Ainda na noite de ontem, quando as pessoas começaram a chegar ao local, a assessoria de imprensa da Câmara informou que teriam acesso ao plenário durante o julgamento, 364 pessoas, que é o número de cadeiras do local.
Neste momento, o acesso ao prédio e ao estacionamento da Câmara é restrito. A Polícia Militar também interditou a via que dá acesso ao local, a avenida Ricardo Brandão. Além da PM também acompanha a movimentação, a Guarda Municipal.
Entenda o caso
No dia 30 de setembro de 2012, dois empresários de Campo Grande fizeram denúncias sobre supostas irregularidades em contratos emergenciais firmados por Bernal. Por conta disso, a Câmara decidiu investigar a situação.
No dia 15 de outubro, três vereadores foram designados para fazer essa apuração, no caso, Edil Albuquerque (PMDB), Flávio César (PTdoB) e Alceu Bueno (PSL). A esse grupo é dado o nome de Comissão Processante.
Esses parlamentares tinham três meses para ouvir testemunhas e o prefeito para chegar a uma conclusão. No entanto, houve interrupções porque Bernal acionou a Justiça para impedir o procedimento. Ele conseguiu várias decisões favoráveis, enquanto a Câmara garantia, por meio de recursos, a continuidade dos trabalhos.
O prefeito foi convocado para depor, mas após faltas, acabou encaminhando defesa por escrito. No dia 24 de dezembro, véspera de Natal, a comissão apresentou o relatório final recomendando aos demais vereadores que o prefeito fosse cassado.
A audiência foi marcada para depois do feriado, no dia 26 de dezembro. Logo no início a sessão teve que ser suspensa por decisão da Justiça a favor de Bernal.
Os vereadores entraram com recurso e ficaram em uma sala dentro da Câmara esperando que o processo fosse analisado. No fim do dia, tiveram autorização para continuar. No entanto, a leitura do relatório mal havia começado quando o evento foi interrompido novamente, dessa vez, de forma definitiva. O político havia conseguido mais uma liminar impedindo que a votação fosse concluída.
A Câmara apelou ao STJ. A decisão saiu na quinta-feira e a audiência foi marcada para esta quarta. Os parlamentares irão votar aquela recomendação feita pela Comissão Processante. Se eles decidirem segui-la, Bernal deixa a prefeitura.




