Vereadores do SDD se desentendem sobre projeto do hospital e irritam deputado autor da emenda

 A definição sobre onde aplicar a verba de R$ 1,2 milhão da emenda parlamentar do deputado federal Geraldo Resende (PMDB), destinada a obras de reforma e ampliação do Hospital Elmiria Silvério Barbosa, provocou o primeiro racha na bancada do Solidariedade  que desde a sua formação  em outubro mantinha-se coesa  na liderança da oposição à administração municipal.

As divergências irritaram o deputado que não gostou nenhum pouco de saber que ao invés da anunciada maternidade e da ala pediátrica será construída um novo centro cirúrgico. “Vou ficar desgastado junto à população”, reclamou o parlamentar em contato telefônico com Jurandir e o presidente do hospital, Jair do Nascimento.

Na reunião com dirigentes do hospital e a engenheira autora do projeto, os vereadores, Mauricio Anache e Jurandir Cândido, que são médicos, discutiram asperamente e foi necessária a intervenção do vereador David Olindo para apaziguar os ânimos.  Acabou prevalecendo a posição de Jurandir em favor da construção de um novo centro cirúrgico com três salas de observação, contrariando Mauricio favorável a edificação de dois blocos, um para pediatria e outro a maternidade.

Visivelmente contrariado, Mauricio saiu da reunião em companhia do colega David.  Na opinião dele, o novo cirúrgico, com 435 metros quadrados de área construída, não é uma prioridade e vai ficar ocioso. “Vocês do hospital vão ser cobrados e não haverá médico para fazer as cirurgias à noite e de madrugada”, argumentou.

Foi contestado pelo colega Jurandir Cândido, para quem a falta de um centro cirúrgico adequado é que impede a vinda de novos profissionais para a cidade. “Nenhum cirurgião geral sério vai querer se estabelecer em Sidrolândia ao conhecer o nosso centro cirúrgico. A visão do Mauricio e do clínico, enquanto a minha é do cirurgião”, explica Cândido.

O vereador Mauricio se tranquilizou diante do compromisso assumido pelo vereador David Olindo de viabilizar  recursos  junto ao Governo do Estado para a construção das alas  da maternidade e área pediátrica.

O projeto de reforma e ampliação do hospital deve ser redimensionado porque os recursos anunciados inicialmente (R$ 1,7 milhão) foram reduzidos para R$ 1,2 milhão porque o Estado não vai entrar com a contrapartida de R$ 500 mil  que foi prometida aos vereadores do Solidariedade pelo governador André Puccinelli. Pelos cálculos da engenharia que elaborou o projeto, para executar os 1.070 metros de área construída projetados inicialmente, seria necessário  pelo menos R$ 2,240 mil. Com a verba  assegurada será possível construir 545 metros quadrados.