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Política

Vilma Felini pede punição a David na comissão de ética por conduta atentatória ao decoro parlamentar

A vereadora tucana Vilma Felini já solicitou providencias a Mesa Diretora da Câmara a cerca do caso.

Marcos Tomé/Região News

12 de Março de 2014 - 16:17

Vilma Felini pede punição a David na comissão de ética por conduta atentatória ao decoro parlamentar

Após o episodio da ultima sessão ordinária da Câmara Municipal de Sidrolândia onde o vereador David Olindo (SDD) acusou Waldemar Acosta (PDT) de que teria negociado seu apoio no Legislativo (se tornou líder do governo) em troca de favores ou, benefício financeiro a si próprio, o caso pode parar na Comissão de Ética da Casa.

A vereadora tucana Vilma Felini já solicitou providencias a Mesa Diretora da Câmara a cerca do caso. David chegou a extrair de um dos bolsos do paletó, durante sessão, numa encenação de pechincha, certa quantia em dinheiro. Nervoso o parlamentar jogou as cédulas sobre a mesa questionando Acosta de quanto havia custado seu passe ao Executivo.

Se não bastasse o espetáculo, digno de aplausos da plateia que prestigiavam a reunião do parlamento, David Olindo, segundo a vereadora Vilma, ofendeu a honra do vereador, além dos princípios da moralidade e impessoalidade da gestão pública, que veta ao representante público privilégios e garante constitucionalmente, tratamento igualitário a todos.

Para Waldemar, é preciso que haja um mínimo de coerência, respeito e bom senso dos parlamentares ao se reportar a um colega que está em tribuna. “Se esta Casa de Leis, que é responsável por criar instrumentos legais ao ordenamento da comunidade, seus representantes não si dão ao respeito, como pode servir de exemplo à sociedade”, argumenta.

http://i.imgur.com/ahMcfTA.jpgUma Comissão de Ética deve ser formada para apurar o caso. Vilma se diz envergonhada com o contrassenso que paira sobre o “líder do SDD” que ultrapassa os limites aceitáveis da ponderação. “Os ataques proferidos pelo vereador são “antologias do disparate”, pior ainda, é a forma com que são tratados os funcionários, vereadores e autoridades deste município. O prefeito já chegou a ser chamado de Tonho da Lua por este parlamentar que só sabe atacar a honra das pessoas”, argumenta.

Caso a denúncia por conduta atentatória ao decoro parlamentar seja apresentada e suas criticas consideradas ofensivas ao vereador Waldemar Acosta, autor do pedido de urgência num projeto de subvenções na sessão do dia de 6 março (negado pelos lideres de bancada por 4 votos a 3),  a medida pode estipular punição a Olindo e até, abrir processo de cassação por quebra de decoro parlamentar. David foi procurado pela reportagem, mais não retornou as ligações telefônicas.

A polêmica

Numa retorica persuasiva de oposicionista, o vereador David Olindo (SDD) além de ter pedido na tribuna a renúncia do prefeito Ari Basso do cargo, tomou para si parte do discurso do líder do governo, vereador Waldemar Acosta, que foi a tribuna pedir coerência dos parlamentares nos tramites de projetos de interesse da sociedade.

O estopim foi quando Acosta se posicionou diante ao entrave criado na deliberação que autoriza a Prefeitura repassar R$ 2,8 milhões em subvenções para diversas entidades filantrópicas como o hospital Elmiria Silvério Barbosa e a Comitiva dos Amigos, que trata de pacientes com câncer.

Emblemático em suas ponderações a cerca do caso, em tom de desabafo, Waldemar pediu aos vereadores que parassem de brincar de esconde-esconde e tratassem o legislativo com seriedade. “Estamos fazendo a política de quem fala mais alto tem voz e vez. Esquecemo-nos de nosso papel, até de nossas verdadeiras funções neste parlamento. Vetaram o projeto pra nada. Vereador não pode criar emendas que onera o Executivo, ou seja, sem efeito o papel dos senhores”, argumenta.

David Olindo não se conteve e numa investida de contra-ataque, desqualificou o discurso de Acosta classificado por ele como de “Encantador de Asno”. O oposicionista em sua retorica ofensiva chegou a comparar a inteligência do pedetista ao tamanho de uma formiga, porque todos os projetos aprovados pelo Legislativo, segundo ele até agora, só tiveram veredito de aprovação com seu aval.