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Saúde

'Não vacinar é igual a uma roleta russa', diz ministro

Mandetta também fez alerta sobre o compartilhamento de notícias falsas.

G1 MS

16 de Fevereiro de 2020 - 19:46

O ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, comparou a não vacinação com uma roleta russa. As declarações foram dadas ao final de uma convenção política do Democratas (DEM) em Dourados, na região sul de Mato Grosso do Sul.

"Tem que ter responsabilidade que atenta para o fato de que não vacinar é igual a um roleta russa. A gente não deseja que ninguém brinque de roleta russa porque, se for a bala daquele momento, ela pode te matar e o sarampo é uma roleta russa. Você tem uma defesa que te protege 99.97% dos casos que é uma vacina. Você deve fazer isso", finalizou.

Mandetta ainda falou sobre o fato dos pais e responsáveis terem a obrigação de levarem as crianças para tomarem vacina, caso contrário, "estão sendo negligentes".

"Você tem uma defesa que te protege em 99,97% dos casos.. que é uma vacina. Você deve fazer isso. Agora a negligência de não vacinar uma criança. Uma criança que não pode ir na unidade de saúde, ela não consegue exigir seu direito. Isso é função da sociedade, do pai, da mãe."

Ainda conforme o ministro, existem variadas formas de pesquisa para saber mais sobre a vacina. Ele ainda alerta sobre o compartilhamento de notícias falsas.

"Abram um livro, pegue uma fonte, entre numa biblioteca, entre no site da OMS [Organização Mundial de Saúde], consulte os nobéis todos, pergunte a qualquer pessoa com mínimo de crítica. Não compartilhe fake news, não acredita nisso daí por que as pessoas que fazem as fake news, elas vibram quando as fake news delas causam mortes...", disse.

"Eles são o lado ruim da história. Então, o povo do bem, o povo da ciência, o povo das famílias, esse povo está consciente, graças a Deus a gente está recuperando o volume de vacinar o brasileiro", emendou.

Neste sábado, em todo o país, 42 mil postos de saúde estiveram abertos para o dia D de vacinação contra o sarampo. O objetivo é imunizar crianças e jovens entre 5 e 19 anos. A campanha foi lançada pelo Ministério da Saúde na última segunda-feira (10), com a intenção de vacinar cerca de 3 milhões de pessoas até o dia 13 de março.

Em Mato Grosso do Sul, cinco casos estão sendo investigados. Já em Dourados, onde o ministro esteve, a expectativa é imunizar 10 mil pessoas contra o sarampo. Em Corumbá, município que faz fronteira com a Bolívia, cinco postos disponibilizaram doses neste sábado (15), sendo que a meta é imunizar 6,2 mil pessoas durante a campanha contra o sarampo.

Na capital sul-mato-grossense, a meta é imunizar 39 mil crianças e jovens, com idades entre 5 e 19 anos e que não tenham tomado as duas doses na infância. Caso a pessoa tenha perdido a carteira de vacinação e não tem certeza, a orientação do Ministério da Saúde é tomar a vacina.

"É uma faixa etária mais suscetível de contrair a doença se não tiver a imunização completa", explicou José Mauro Pinto, secretário de saúde de Campo Grande.

E,m 2019, um caso de sarampo foi confirmado em Campo Grande, de uma criança que contraiu o vírus em São Paulo. Ou seja, o vírus não chegou a circular na região, sendo considerado um caso importado.