Política
Apesar de PSDB forte, presidente da Assembleia pode vir de outros partidos
Deputados já articulam cargos na mesa diretora para ano que vem.
Topmídia News
25 de Novembro de 2022 - 10:29
“O presidente não necessariamente tem de ser do PSDB”, disse o governador Reinaldo Azambuja (PSDB) sobre a articulação que envolverá o próximo presidente da Assembleia Legislativa. Com a declaração, ele deixa o espaço livre para especulações acerca dos nomes de Gerson Claro (PP), Lídio Lopes (PP) e até Londres Machado (PP), além da tucana Mara Caseiro (PSDB), a deputada mais votada da eleição deste ano.
Questionado pela imprensa durante agenda pública nesta semana, o governador, que está em momento de transição com equipe do governador eleito, Eduardo Riedel (PSDB), diz que a decisão final sobre quem será o presidente, seja deputado ou deputada, não é só do ninho tucano. “Não. Essa é uma decisão. Você não faz um governo unitário para um partido só.”
Rapidamente, o chefe do Executivo citou o exemplo de quando foi eleito governador em 2014, e a Assembleia Legislativa foi presidida pelo deputado Júnior Mochi (MDB). “Democracia é uma junção de forças, e pensamentos em defesa daquilo que a população brasileira preconiza, que é o respeito, liberdade, e não tem quer ser necessariamente [do partido] e essa composição não é do governo. É uma composição da Casa. Nós já tivemos no meu primeiro mandato presidente da Casa que não era do meu partido, e tivemos nos primeiros quatro anos uma excelente relação com a Assembleia. Tivemos cumplicidade, responsabilidade, e matérias aprovadas.”
Azambuja concorda que o PSDB tenha força política para uma tomada de decisão mais enfática, mas explica que outros deputados de demais partidos tem a mesma possibilidade, desde que tenham apoio da maioria.
“Então, o presidente não necessariamente tem de ser do PSDB. Claro, que o PSDB sendo a maior bancada tem força para discutir os espaços da Casa, mas isso é uma decisão do colegiado da Assembleia Legislativa.”